A reconstrução do Brasil que a gente quer pautou os debates da 24ª Conferência Nacional dos Bancários na manhã deste sábado (11).
O convidado para palestrar sobre o tema foi Aloizio Mercadante, professor, acadêmico, economista e ex-ministro da Educação, da Ciência, Tecnologia e Inovação e da Casa Civil durante o governo Dilma Rousseff, além de senador e deputado federal por São Paulo, pelo PT. Atualmente, é presidente da Fundação Perseu Abramo.
Durante a mesa, Mercadante citou prioridades para a reconstrução do país. A primeira delas é combater a fome e recuperar direitos perdidos, com distribuição de renda e inclusão social, em especial o combate à extrema pobreza, por meio da recriação e aprimoramento do Bolsa Família, e da recuperação do poder de compra do salário-mínimo.
Mercadante enfatizou que, na conjuntura atual, o mundo do trabalho precarizado é maior que o mundo do trabalho organizado. “Metade da classe trabalhadora não tem sindicato, não tem direito não tem sequer instrumento mínimos de se mobilizar e se defender.”
SINDBAN – A delegação do SINDBAN participou efetivamente dos debates deste sábado. Teve ainda reuniões importantes, entre elas com a presidenta do Sindicato dos Bancários de São Paulo, Ivone Silva e com a presidenta da Contraf, Juvandia Moreira.
Lucros dos bancos – Na primeira mesa da tarde deste sábado (11), da 24ª Conferência Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro, o economista da subseção do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese) na Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT), Gustavo Machado Cavarsan, realizou uma análise da conjuntura econômica. “Vimos no primeiro trimestre do ano os lucros dos bancos atingindo novos recordes e espelhando o modelo econômico concentrador de renda que vigora no país”, disse.
De acordo com ele, um dos motivos para esse resultado é a população brasileira estar passando por um momento de extrema dificuldade, com desemprego elevado, queda da renda, inflação nas alturas, aumento da pobreza e da fome.
“Diante da dificuldade de pagar as contas do mês, os brasileiros se veem obrigados a recorrer ao endividamento com os bancos, principalmente por meio de cartões de crédito. O que para o banco significa mais receitas, lucros e dividendos aos acionistas. Mas, para as famílias brasileiras significa um comprometimento maior de sua renda com o pagamento de parcelas de empréstimos bancários com altos juros”.