A campanha para a disputa às Eleições Cassi 2022 começou oficialmente na última sexta-feira (11). Na mesma semana, a atual diretoria executiva da Cassi aprovou a redução da coparticipação para os percentuais de 2018.
A medida atende uma reivindicação antiga dos funcionários do Banco do Brasil e foi uma das promessas não cumpridas até agora pela chapa do atual diretor de Planos de Saúde e Relacionamento com Clientes, Emilio Flesch, e metade do Conselho Deliberativo eleito.
Nossas suspeitas são de oportunismo e populismo praticados na gestão da Cassi, com uso político da entidade em pleno período eleitoral. Não podemos permitir a mistura institucional com a campanha eleitoral. O uso da máquina para fins particulares fragiliza a democracia e a governança da entidade.
Antes de entrar em vigor, a redução da coparticipação precisa da aprovação do Conselho Deliberativo (CD). A entidade irá se reunir no dia 25 de fevereiro para avaliar a mudança.
O aumento da coparticipação foi aprovado em 2018 pelo CD, com voto dos eleitos da chapa do diretor Luiz Satoru e apoio do presidente do Conselho Deliberativo Sergio Faraco.
Na discussão do acordo que salvou a Cassi, lá em 2018, a gente colocou como condição que a coparticipação voltasse aos patamares iniciais assim que a Cassi retomasse o reequilíbrio das contas. E eles demoraram quase dois anos – a partir de 2020, quando a Cassi retomou esse reequilíbrio – para colocar o tema em discussão e justamente às vésperas das eleições.
Valores retroativos – Desde 2020, a direção da Cassi vem recebendo diversos ofícios das entidades sindicais, incluindo da CEBB e da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT). Além do retorno da coparticipação aos níveis de 2018, as organizações que representam os trabalhadores cobram a devolução dos valores pagos de coparticipação retroativos.
Nós queremos a devolução dos valores relativos aos últimos dois anos, já que o compromisso firmado era que, quando entrasse recursos na Cassi, a coparticipação voltaria aos patamares iniciais.
O movimento sindical tem ainda feito reivindicações quanto ao Programa de Assistência Farmacêutica (PAF), que teve sua lista de medicamentos abonáveis reduzida em 1.818 produtos.
Outra preocupação dos trabalhadores é o desmonte da rede credenciada, diminuída em cerca de 5.400 prestadores e serviços desde 2016.