Delegadas e delegados do 32º Congresso Nacional funcionários do Banco do Brasil, realizado no dia 8 de agosto, aprovaram o plano de atuação em defesa do banco e de seus direitos.
As resoluções giram em torno da unidade dos empregados na defesa do BB e na luta por manter o banco como instrumento relevante em qualquer discussão sobre políticas de desenvolvimento.
Nesta segunda-feira (16), a Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT) lançou uma série de matérias para esmiuçar o documento gerado após os debates do evento.
Por ser uma empresa de economia mista, o BB tem desafios que outros bancos que atuam no Brasil não têm, como justificar e exercer as suas funções de banco público e, também, de buscar rentabilidade nas suas operações típicas de mercado.
A maioria da sociedade e dos funcionários é contra a privatização e defende que o BB continue sendo um banco público. Porém, existem pressões, interesses e orientações políticas que preferem diminuir até o mínimo possível o papel dos bancos públicos e apontam permanentemente para a possibilidade de privatização total ou parcial do BB.
Esta é a orientação do atual governo, assim como vem fazendo com a Petrobrás, Eletrobrás e outras empresas públicas, e com o desmonte dos serviços públicos de saúde, educação, previdência e a redução do papel do Estado. Por isso, temos que nos unir contra esse e outros ataques à nossa instituição.
Pensar o Banco do Brasil, seu futuro, suas estratégias e seu fortalecimento exigem um posicionamento sobre a visão de desenvolvimento do Brasil e do papel do BB neste processo.
Desenvolvimento – O BB é um instrumento valioso e necessário para apoiar o desenvolvimento da economia brasileira oferece uma base fundamental para pensar o papel e a organização do banco.
Isso não elimina a compreensão de que o BB deve ser um banco rentável e sustentável, capaz de buscar no mercado parte significativa dos recursos necessários para viabilizar sua rede, seus investimentos e operações.”
O Brasil precisa novamente de um governo democrático e popular, voltado para resolver os graves problemas da maioria da população trabalhadora.
O BB, como banco público, deve estar preparado para contribuir com esta retomada e com a execução de políticas públicas e programas de governo voltados para o interesse da maioria da população.
O banco precisa estar comprometido com o desenvolvimento social e econômico, com a sustentabilidade do próprio banco e do país e com a inclusão de todas as parcelas da sociedade.
Esta nova orientação só pode acontecer em um novo governo democrático e popular, uma vez que a atuação do banco está intimamente ligada ao programa de governo escolhido pela maioria da população.