SOB PROTESTO DA REPRESENTAÇÃO DOS EMPREGADOS, CAIXA ENCERRA GT SAÚDE CAIXA UNILATERALMENTE

Na reunião do Grupo de Trabalho Saúde Caixa de sexta-feira (30), a Caixa recusou a solicitação dos representantes dos empregados para prorrogar as discussões sobre a construção conjunta de um modelo de custeio viável e sustentável para os usuários.

Além disso, o banco apresentou uma proposta que aplica integralmente a resolução 23 da Comissão Interministerial de Governança Corporativa e de Administração de Participações Societárias da União (CGPAR)- que estabelece contribuição paritária do banco e cobrança de mensalidade por beneficiário, de acordo com faixa etária e/ou renda -, e o teto de 6,5% da folha de pagamentos e proventos para a Caixa custear o plano.

Nós não aceitamos a implementação da CGPAR 23, sob qualquer aspecto. Além de não ser uma legislação, esta proposta não está prevista no Acordo Coletivo e a anulação de seus efeitos está sendo discutida no Congresso. Nós enfatizamos a necessidade de ampliar a discussão para levarmos propostas decentes aos colegas, mas a Caixa decidiu, unilateralmente, encerrar o grupo.

A proposta foi a pior possível e aplicou todos os limitadores que comprometem a viabilidade de pagamento para os empregados. O tempo todo a Caixa declarava que a construção do modelo seria em conjunto, já que é paritário, mas desde o começo o que se viu foi a imposição das diretrizes do presidente do banco.

Ao contrário do desejo dos representantes dos empregados, o GT não cumpriu o papel em sua totalidade. As propostas, a da direção da Caixa e a dos empregados, serão levadas à mesa de negociação.

Os representantes dos trabalhadores fizeram questão de demonstrar indignação pelo fim das discussões. A dificuldade no acesso aos dados atrapalhou o trabalho da empresa atuarial que assessora os empregados.

Na reunião de quinta-feira (29), a representação dos trabalhadores apresentou uma proposta que mantém o modelo atual de contribuição de 70% da Caixa e 30% dos empregados, sem necessidade de reajuste.

A proposta defendida pela representação dos empregados mantém os princípios de solidariedade, mutualismo e pacto intergeracional, com gestão por RH e dos percentuais de mensalidade por grupo familiar.

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