A Caixa Econômica Federal passou a divulgar em suas redes de comunicação um canal para “denunciar quaisquer práticas irregulares ou atos ilícitos que possuam o envolvimento de empregados”. De acordo com a divulgação do banco desta terça-feira (27), podem registrar a denúncia os próprios trabalhadores, colaboradores, clientes, usuários, parceiros ou fornecedores.
Na realidade, o canal fragiliza o empregado e o coloca sob suspeita de qualquer ordem. Dentre as opções que constam do formulário de denúncia, na pergunta “Como tomou conhecimento deste fato/transgressão?”, as respostas podem ser “ouvi falar”, “ouvi por acaso”, “um colega de trabalho me contou”.
Não há critério. O empregado fica sujeito a qualquer tipo de acusação. Assim, o canal é uma forma de perseguição política e ideológica aos empregados. É um instrumento claro de perseguição e exposição desnecessária do empregado.
A Caixa tem outros instrumentos de apurar irregularidades e a forma como esse canal de denúncias está sendo fragiliza ainda mais empregado, que sofre com a pressão constante da direção do banco.
A CEF deveria investir em instrumentos que ofereçam melhores condições de trabalho. Se o atendimento não é melhor, é porque não tem trabalhadores o suficiente para atender com mais qualidade, além de existir a cobrança da Caixa por metas desumanas.