Trabalhadores ocupam ruas de São Paulo para cobrar diálogo

Gente. Muita gente. Cerca de 40 mil trabalhadores e trabalhadoras ocuparam as ruas do centro da capital paulista nesta quarta-feira, 9. Gente do Rio de Janeiro, Paraná, Goiás e de outros Estados. Gente de São Paulo e do interior, sendo cinco ônibus de trabalhadores de Piracicaba -; um deles formado por diretores e assessores do SINDBAN (Sindicato dos Bancários de Piracicaba). A concentração começou na Praça da Sé, palco de tantas manifestações populares e seguiu por importantes ruas e avenidas como a Brigadeiro Luiz Antonio, Avenida Paulista até o Museu de Arte de São Paulo.
A 8ª edição da Marcha da Classe Trabalhadora contou com a organização compartilhada entre as centrais sindicais. Gente junta na rua. Sem baderna. Com muito orgulho. Cada um com a sua bandeira na mão e todos em torno de uma pauta unificada.
A continuidade do desenvolvimento do nosso pa ís precisa, cada vez mais, levar em conta as necessidades da classe trabalhadora. Por isso, em coro, os trabalhadores que estiveram nas ruas pediam, entre outras coisas, a igualdade de oportunidades para homens e mulheres, fim do fator previdenciário, reforma agrária e agr ícola, 10% do orçamento da união para a saúde, 10% do PIB para a Educação e a continuidade da valorização do salário m ínimo.
José Antonio Fernandes Paiva, vereador e presidente do Sindicato dos Bancários de Piracicaba e Região comentou que a marcha “;foi mais uma demonstração de que quem tem pauta, foco e compromisso com a classe trabalhadora sai às ruas, sabendo como se inicia e como termina um ato. E os trabalhadores reafirmam suas bandeiras e exigem abertura de diálogo com a presidenta Dilma, com o Congresso Nacional, para que a pauta dos trabalhadores, que está atrasada no Congresso, seja agilizada “;.
O presidente da Central única dos Trabalhadores, Vagner Freitas afirmou aos candidatos: “;quem deseja o voto dos trabalhadores, precisam defendê-los “;. Por isso, cobrou daqueles que disputarão as eleições deste ano comprometimento com a agenda sindical.
As centrais já solicitaram uma audiência com a presidenta Dilma Rousseff para entregar a “;Agenda da Classe Trabalhadora para um Projeto Nacional de Desenvolvimento com Soberania, Democracia e Valorização do Trabalho “;, constru ída em 2010, durante ato unificado das centrais no estádio do Pacaembu. O documento também será apresentado aos presidentes do Senado, da Câmara dos Deputados e do Tribunal Superior do Trabalho.
Mário Camargo – MTb 24.120