Sindicato dos Bancários de Piracicaba faz a entrega das 2.150 assinaturas da PLR sem imposto

Depois de oito dias com os diretores do Sindicato dos Bancários de Piracicaba e região nas ruas coletando assinaturas para Campanha PLR sem Imposto, a diretora, Hereunice Parizotto e a vice-presidente do Sindicato dos Bancários, Angela Ulices Savian, entregaram ao presidente da Contraf-CUT, Carlos Cordeiro e ao secretário de imprensa, Ademir Wiederkehr, as 2.150 assinaturas. A entrega aconteceu nesta terça-feira, 22, na sede da entidade, em São Paulo.
Principais motivos da Campanha PLR sem imposto
Uma parte do valor que os bancários recebem nos próximos dias, a t ítulo de Participação nos Lucros e Resultados, irá para o leão do imposto de renda. Por outro lado, os bancos, que tanto lucram, ganham o direito de deduzir os valores da PLR, da base de cálculo do IR.
Esse é apenas mais um dos vários exemplos de injustiça perpetuados pelo sistema tributário brasileiro e que os bancários, ao lado de metalúrgicos e qu ímicos de todo o Brasil, querem alterar.
A campanha teve in ício na quinta-feira, 27. O objetivo é acabar com a incidência do IR sobre a PLR dos trabalhadores. O abaixo assinado esteve à disposição durante todo o per íodo da campanha no nosso site www.bancariosdepiracicaba.com.br.
O deputado federal Ricardo Berzoini (PT-SP) está apresentando um projeto que visa alterar a Lei nº 10.101, de 19 de dezembro de 2000, pedindo isenção. A reivindicação também será apresentada ao Ministério da Fazenda.
Lembrando que quem tem renda anual até R$ 18.799,32 tem isenção de imposto de renda.
Os bancos, que tem lucros astronômicos, pagam menos impostos que a classe trabalhadora brasileira. A constatação faz parte de relatório do Sindicato Nacional dos Auditores Fiscais (Sindifisco), lançado em agosto deste ano. O estudo mostra que em 2009, enquanto os trabalhadores contribu íram com 10,68% da carga tributária, as instituições financeiras arcaram com apenas 3,02% da arrecadação do pa ís. De acordo com relatório, o sistema tributário brasileiro tem sido um instrumento a favor da concentração de renda, que agrava o ônus fiscal dos mais pobres e alivia o das classes mais ricas.
Ainda segundo o Sindifisco, entre agosto de 2010 e setembro deste ano, as pessoas f ísicas pagaram um total de R$ 89,9 bilhões, entre IR e valores retidos na fonte como rendimentos do trabalho. Já os bancos contribu íram com apenas R$ 37,2 bilhões, somados os pagamentos da Contribuição Social sobre o Lucro L íquido, do PIS/Pasep, Cofins e Imposto de Renda.

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