SindBan participa de grande ato no Centro Tecnológico do Itaú em Mogi Mirim
Novamente os dirigentes do SindBan viram o dia amanhecer na luta pelos direitos dos bancários. Dessa vez a delegação se dirigiu ao Centro Tecnológico do Itaú, localizado na cidade de Mogi Mirim. Representantes de toda a Federação dos Bancários de São Paulo e Mato Grosso do Sul (Feeb-SP/MS) se reuniram na entrada da unidade a fim de paralisar as atividades como forma de protesto contra as atitudes da diretoria do Banco Itaú que decidiram usar da reforma trabalhista para colocar fim na homologação com o sindicato.
Os trabalhadores lotados no data center do Itaú em Mogi Mirim paralisaram os serviços nesta quinta-feira desde 6h da manhã, em protesto contra a decisão do maior banco privado nacional em implementar a Lei nº 13.467 (reforma trabalhista) sem discussão alguma com os sindicatos. Recentemente a instituição financeira informou, através de seu diretor de RH e Relações Sindicais, Sergio Farjeman, que as homologações não serão mais feitas nos sindicatos. Em dezembro o banco também havia tentado promover alterações com relação à definição da data e per íodo de férias. Havia estipulado que seus departamentos Jur ídico e de RH definiriam novas regras de acordo com as mudanças da nova lei trabalhista.
“;Paralisamos as atividades em algumas das principais concentrações do Itaú contra o desrespeito aos bancários e ao Sindicato. E pelo seu direito bancário, o banco quer usar a reforma trabalhista para retira-los, quer enganar os seus funcionários, e nós não vamos aceitar que essas atrocidades sejam cometidas. O movimento sindical unido em todos pa ís hoje quer mostrar que não vamos aceitar decisão unilateral “;, comenta a dirigente sindical e bancária do Itaú Heurenice Parizoto.
Durante a atividade foram entregues panfletos de uma carta aberta sobre a arbitrariedade do Itaú ao promover a Reforma Trabalhista sem estabelecer uma negociação com os sindicatos. O Dirigente sindical e bancário do Itaú Lu ís Gustavo Moura flagrou um desrespeito com uma funcionária da instituição, hoje durante o ato. “;Acabamos de presenciar uma funcionária que foi desligada do banco e teve a sua homologação feita na calçada, uma total falta de respeito, uma situação constrangedora para uma colega bancária, que além de tudo sem o sindicato pode não ter neste processo todos os seus direitos assegurados, é por isso que estamos na luta, homologação sem sindicato, não “;, comenta.
A decisão pela realização das atividades em protesto contramedidas que tenham como base a nova lei trabalhista foi tomada pelo Comando Nacional dos Bancários, reunido em Porto Alegre no dia 25 de janeiro. “;Não dá para esperar que a situação piore, toda a categoria tem que se mobilizar, não apenas os bancários do Itaú, ou como ocorreu ontem os bancários do Santander. Vale lembrar que o Santander já havia anunciado medidas prejudiciais aos trabalhadores levando em conta a famigerada reforma. Agora quem começa a querer tirar direitos é o Itaú. Se toda a categoria não se mobilizar agora, logo todos os bancos retirarão nossos direitos que foram tão duramente conquistados. Temos de nos unir para nos defender uns aos outros “;, comenta o Presidente do Sindicato dos Bancários de Piracicaba e Bancário do Itaú, José Antônio Fernandes Paiva.
Decisão sem sentido – Para Marcelo Abrahão, esta decisão sem uma conversa com o sindicato, não faz sentido. “;Nós reunimos constantemente com o banco em mesa de negociações. Esse importante canal de diálogo é muito valorizado pela categoria e, acreditamos, também pelo banco. Não há porque não mantermos esse canal, ainda mais agora com a aquisição do Citibank e a tensão criada pela nova lei trabalhista. Vamos procurar negociar com o banco, mas estamos mobilizados para lutar por nossos direitos “;, afirmou.