O Sindicato dos Bancários de Piracicaba mobilizou os dirigentes na manhã desta sexta-feira 15 para o Dia Nacional de Luta em defesa do banco público e pelo reconhecimento aos empregados da Caixa. A mobilização é uma resposta aos recentes posicionamentos da nova diretoria, que já deu in ício ao desmonte da Caixa que tem como intenção a venda de ativos e promete privatizar as áreas mais rentáveis do banco ainda este ano.
Em Piracicaba, as atividades desta manhã aconteceram na agência centro da CEF, onde ocorreu uma conversa com os funcionários e população e foi entregue um informativo que retrata a importância de manter a caixa como banco público. Também aconteceu uma conversa com os bancários na agência da Caixa de Santa Bárbara do Oeste.
De acordo com o empregado da Caixa, e dirigente do SindBan, Ubiratan Campos do Amaral, o ato teve por objetivo mostrar a indignação com tamanho desrespeito aos trabalhadores. “;Convocamos esse dia nacional de luta para mostrar nossa contrariedade às medidas privatistas que estão sendo implantadas “;, afirma.
O calor e o sol quente atrapalhavam os clientes do banco nas filas que já estavam do lado de fora da agência, e com a intenção de não só pensar no bem-estar nos bancários, mas de toda a população o SindBan cedeu às suas tendas, e dispôs dos guarda-sol para assistência os que aguardavam nas filas.
Vale lembrar que após a série de Plano de demissões voluntários a CEF não fez a reposição dos funcionários e em Piracicaba as agências possuem um DEF íCIT de bancários para o atendimento.
Segundo o Datafolha, 60% dos brasileiros rejeitam as privatizações. No entanto, a nova gestão do banco também promete passar ao mercado unidades rentáveis nas áreas de seguro (Caixa Seguradora), gestão de ativos, loterias e cartões. O SindBan chama atenção para a privatização disfarçada, já que a Caixa tem um papel social insubstitu ível. “;O desmonte terá consequências diretas para os empregados, mas também haverá reflexos para toda sociedade, na oferta da moradia e infraestrutura, no bem-estar dos trabalhadores e de toda população “;, afirma o presidente do Sindicato dos Bancários. José Antonio Fernandes Paiva.
Para tentar conter o enfraquecimento do maior banco público do América Latina e principal agente do desenvolvimento social do pa ís, os movimentos contra a privatização da Caixa, por meio da Comissão Executiva de Empregados (CEE/Caixa), levantam as seguintes bandeiras:
Em defesa da Caixa 100% pública.
Contra a venda das áreas mais lucrativas do banco.
Na defesa do seu papel social.
Contra as manobras que reduzam o lucro da Caixa.
Mais reconhecimento ao trabalho.
Por mais empregados já.
Fim do assédio moral na empresa.