Cobranças de metas estariam sendo feitas por aplicativo de mensagens instantâneas fora do expediente dos funcionários
Os diretores do SindBan (Sindicato dos Bancários de Piracicaba e Região), Ubiratan Campos do Amaral e Odair Balioni, e membros da Apecf (Associação de Pessoal da Caixa Econômica Federal), se reuniram, na tarde desta quinta-feira (26), com a Superintendente Regional da Caixa Econômica Federal, Cec ília Helena Bomfim, para discutir denúncias de cobranças de metas feitas pelo aplicativo de mensagens instantâneas, o ‘Whatsapp’, fora do expediente dos funcionários.
Com mais de 1 bilhão de usuários no mundo, o aplicativo se tornou um dos meios de comunicação mais utilizados pela população brasileira. Para o diretor do SindBan, Ubiratan Campos do Amaral, apesar da facilidade de diálogo é preciso cautela para utilização no ambiente de trabalho. “;A grande questão é a forma que essas cobranças estão sendo feitas, a violência psicológica é pior que a f ísica. Uma conversa por mensagens é fria, não expressa emoções e pode ser recebida de uma forma ruim “;, comentou o dirigente sindical.
Segundo o Diretor de Relações Sindicais, Sociais e Trabalhistas da Apecf, Leonardo dos Santos Quadros, além da cobrança abusiva para o alcance das metas, a instituição não estabeleceu a ferramenta como meio de comunicação oficial e descumpriu o Acordo Coletivo. “;Quando uma conduta não tem uma norma para regulamentar todo mundo pratica até criar problema, isso é um risco trabalhista muito grande, além de descumprir a cláusula 37 do Acordo Coletivo, que determina que os trabalhadores não poder ser cobrados por mensagens no telefone particular “;, explicou.
Para o diretor do Sindicato dos Bancários de Campinas e Região, Carlos Augusto Silva, a falta de transparência na restruturação da Caixa Econômica Federal contribui para que os gestores ajam de forma assediosa com os trabalhadores. “;A falta de informação neste processo faz com que os gestores ajam de má fé com os trabalhadores, eles utilizam a restruturação para amedrontar, assediar e pressionar “;, comentou.
O que a Caixa diz?
Como resposta aos questionamentos feitos pelos dirigentes sindicais, a Superintendente Regional da Caixa Econômica Federal, Cec ília Helena Bomfim, comentou que as pessoas estão modificando as formas de atuar no mercado de trabalho para se adaptarem ao momento de crise que o pa ís está passando. “;Apesar de não possui controle no aplicativo, que hoje é utilizado 24 horas por dia na vida das pessoas, não queremos descumprir nenhuma norma, mas sim fazer o máximo para ter cada vez menos colaboradores insatisfeitos. Vamos notificar todos os funcionários para que tenham cautela na comunicação via aplicativo de mensagens instantâneas “;.
