O SindBan (Sindicato dos Bancários de Piracicaba e Região), membro do Conespi (Conselho das Entidades Sindicais de Piracicaba), apoia as reivindicações dos servidores públicos municipais. O governo municipal declarou que não vai repor as perdas inflacionárias do per íodo de um ano, anunciando reajuste zero nos vencimentos.
Em assembleia realizada ontem (23), os trabalhadores rejeitaram a proposta do prefeito Barjas Negri (PSDB) e deflagraram estado de greve. O presidente do SindBan, José Antonio Fernandes Paiva, participou da assembleia junto com outros dirigentes sindicais do Conespi, que conduziram uma passeata até a Câmara de Vereadores. O Legislativo Municipal recebeu o apoio do presidente da Câmara de Vereadores, Matheus Antônio Erler, que definiu uma comissão de trabalhos para a interlocução com os servidores. No ato, ele entrou com a palavra de ordem do protesto, “Se o Barjas não pagar, a cidade vai parar”.
Paiva analisa que em 2016, quando ainda estava na Câmara de Vereadores, votou o orçamento de 2017 que previa o reajuste. “O secretário de finanças é o mesmo. O vice-prefeito era secretário de governo do ex-prefeito Gabriel Ferrato, alegar que não se tinha informações sobre a gestão é um absurdo”, disse.
O presidente do Sindban afirma ainda que há alternativas para que o prefeito administre recursos para, no m ínimo, conceder anteposição da inflação. “Quando nossos recursos são menores, negociamos como nossos fornecedores. Ele pode fazer isso no caso dos contratos das PPP (Parceria Publico-Privada) do SEMAE com a águas do Mirante ou do lixo”. Para Paiva, sacrificar mais de oito mil fam ílias é desumano.
O SindBan entende que a luta de todas as classes trabalhadoras é também a sua. No caso dos servidores é ainda mais importante pelo fato da categoria bancária também necessitar de atendimento público e, como todo cidadão, receber serviços de qualidade. “Para isso, os servidores municipais precisam estar satisfeitos, serem respeitados.Somos solidários e estaremos juntos em quaisquer lutas que retirem direitos dos trabalhadores”