Seminário analisa lucros dos bancos e aponta transformações na categoria bancária

Durante o Seminário FEEB-SP/MS -; DIEESE, realizado na quarta-feira (10), foi analisado os lucros dos bancos apresentados no primeiro trimestre e ainda, as transformações no mercado de trabalho, principalmente no da categoria bancária. O SindBan participou com delegação de sete diretores no evento, que contou com a presença de 74 dirigentes sindicais filiados à Federação.

A economista e técnica do DIEESE, Vivian Machado, expôs o resultado financeiro registrado pelos maiores bancos do pa ís – Bradesco, Itaú Unibanco, Santander e Caixa Econômica Federal -; no primeiro trimestre de 2016, exceto Banco do Brasil, cujo balanço foi divulgado nesta quinta-feira (12).

Os quatro maiores bancos privados do pa ís anunciaram na última semana os lucros obtidos no 1º trimestre deste ano. Apesar dos altos números registrados (Itaú: R$5,2 bi, Bradesco: R$4,121 bi, Santander: R$1,66 bi e HSBC: US$ 736 milhões), todas as instituições financeiras, com exceção do Santander, registraram quedas em comparação ao mesmo per íodo do ano anterior, relacionadas com aumento nas despesas para perdas com calotes.

“;Os cinco maiores bancos lucraram juntos 69,9 bilhões, em 2015, crescimento 16,%. Mesmo com a rentabilidade menor no primeiro trimestre deste ano, os lucros continuam em patamar elevado “;, afirma a palestrante.

“;Nossas campanhas nunca foram fáceis. Os bancos podem ter qualquer lucro, que continuarão com o mesmo discurso para não darem aumento real. Claro que este ano, devida à situação pol ítica do pa ís, nosso enfrentamento terá que ser um pouco mais incisivo. Mesmo em queda, os lucros continuam absurdos “;, pontua a vice-presidente do sindicato, Angela Ulices Savian.

Novas tecnologias -; Segundo a economista do Dieese, a representatividade das agências caiu quase pela metade entre 2012 e junho de 2015. Hoje apenas 6,5% das transações são realizadas nas agências. “;O mercado de trabalho vai mudar, certas estruturas precisam ser aprimoradas.

Para Angela, diante desse cenário tecnológico, o movimento sindical precisará se reinventar, olhar para o mercado financeiro de forma mais abrangente. “;Estamos vendo a diminuição de nossa categoria “;. Além disso, a vice-presidente dos bancários, ressalta a vulnerabilidade dos clientes em relação aos meios digitais. “;Estamos sendo monitorados 24h por dia. Precisamos pensar em segurança, nossa pauta deve buscar analisar essa questão que vem vindo muito rápido. “;

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