Nada de aumento real de salário. Nada de aumento real sobre os pisos. Nada de melhoria da PLR. Nada sobre emprego. Nada de avanços para a saúde dos trabalhadores. Nada de melhorar as condições de trabalho. Nada que aponte para o fim das metas abusivas e do assédio moral. Nada para melhorar a segurança bancária. E nada para promover a igualdade de oportunidades. A proposta apresentada nesta quinta-feira, 5, pela Fenaban ao Comando Nacional dos Bancários, coordenado pela Contraf-CUT, é de apenas reajuste de 6,1% (reposição da inflação prevista) sobre os salários, os pisos, a PLR e demais verbas de caráter salarial.
Em função disso, a diretoria do SINDBAN (Sindicato dos Bancários de Piracicaba e Região) esteve reunida na manhã de hoje, 6, para definir as ações da próxima semana após o recebimento da proposta insuficiente apresentada pela Fenaban.
Durante a reunião, o presidente do Sindicato e vereador pelo PT, José Antonio Fernandes Paiva, repassou aos diretores a proposta e destacou que os negociadores da Fenaban afirmaram que seria a proposta final para que o acordo fosse fechado. O Comando Nacional rejeitou a proposta já na mesa de negociação e aprovou um calendário de luta que aponta para a realização de assembleias na próxima quinta-feira, 12, em todo pa ís para aprovar greve a partir do dia 19, se até lá os bancos não apresentarem uma nova proposta que contemple as expectativas da categoria.
Paiva destacou ainda que a greve neste ano terá uma mobilização ainda mais efetiva e o Sindicato já deixou definido para a próxima quinta-feira, dia 12, a Assembleia Geral Extraordinária para definir as ações que serão desencadeadas nas cidades que compõem a base do Sindicato.
CALENDáRIO DE LUTA -; O Comando Nacional indicou um calendário de lutas para os sindicatos. Dia 12 de setembro serão realizadas assembleias em todo o pa ís para rejeitar a proposta e decretar greve por tempo indeterminado a partir do dia 19. Há ainda indicativo para, no dia 18, realizar assembleia para organizar a greve.
A PROPOSTA DA FENABAN -; Reajuste de 6,1% (previsão da inflação pelo INPC) sobre salários, pisos e todas as verbas salariais (aux ílio-refeição, cesta-alimentação, aux ílio-creche/babá etc.); PLR de 90% do salário mais valor fixo de R$ 1.633,94, limitado a R$ 8.927,61 (o que significa reajuste de 6,1% sobre os valores da PLR do ano passado); parcela adicional da PLR – 2% do lucro l íquido dividido linearmente a todos os bancários, limitado a R$ 3.267,88; adiantamento emergencial: não devolução do adiantamento emergencial de salário para os afastados que recebem alta do INSS e são considerados inaptos pelo médico do trabalho em caso de recurso administrativo não aceito pelo INSS; prevenção de conflitos no ambiente de trabalho: redução do prazo de 60 para 45 dias para resposta dos bancos às denúncias encaminhadas pelos sindicatos, além de reunião espec ífica com a Fenaban para discutir aprimoramento do programa; adoecimento de bancários: constituição de grupo de trabalho, com n ível pol ítico e técnico, para analisar as causas dos afastamentos; inovações tecnológicas: realização, em data a ser definida, de um Seminário sobre Tendências da Tecnologia no Cenário Bancário Mundial.
Texto: Michelle Bottin com informações da Contraf-CUT
Sem proposta decente, Comando indica greve para o dia 19
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