Santander lucra R$3.466 bi no semestre, mas corta 1368 postos de trabalho

O Santander obteve lucro l íquido gerencial de R$3,466 bilhões no primeiro semestre de 2016, crescimento de 4,8% em relação ao mesmo per íodo do ano passado. O lucro obtido no Brasil representou 19% do lucro global da Instituição, que foi de € 2,911 bilhões. A carteira de clientes cresceu 1,6 milhão em um ano. Mas mesmo apresentando este bom resultado, em um per íodo em que a recessão se aprofunda no pa ís, o banco cortou 1.368 postos de trabalho, sendo 1.265 apenas neste último trimestre.

Para Mario Raia, secretário de Relações Internacionais da Contraf-CUT e representante da entidade na Comissão de Organização dos Empregados, os resultados do balanço demonstram que o Santander tem plenas condições de atender às reivindicações que estão sendo colocadas por seus empregados mas, ao contrário disso, vem apresentando uma postura intransigente e desrespeitosa.

“;O banco teve um bom desempenho, mas no lugar de contratar mais e melhorar as condições de trabalho, demite e reduz postos de trabalho. Ao mesmo tempo, o Santander se nega a apresentar proposta para o Acordo Aditivo ao Contrato Coletivo de Trabalho, o que tem causado revolta e indignação. O banco não reconhece que são os funcionários, com seu trabalho, que constroem o lucro que o banco apresenta “; afirma.

Segundo a análise feita pelo Dieese, outro dado, que chama a atenção para o bom desempenho do Santander, é que a receita com prestação de serviços mais tarifas bancárias cresceu 11,9% em doze meses e passou a cobrir as despesas de pessoal em 152,33%. As despesas com pessoal cresceram 11%.

Para o presidente da Contraf-CUT, Roberto von der Osten, o lucro do Santander é uma demonstração de que os bancos são o setor da economia menos afetado pela crise e por isso têm plenas condições de atender ás reivindicações da categoria na Campanha Nacional 2016: “;Os bancos não têm do que reclamar, no momento em que todo o pa ís sofre com a recessão, eles continuam lucrando e muito. Não podem usar a crise econômica como desculpa para demitir e não valorizar o trabalho dos seus funcionários “;, destacou.

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