Os bancários representam uma das categorias onde o adoecimento psicológico e f ísico mais estão presentes, como confirmam números e estudos do Dieese, do INSS e dos sindicatos, federações e confederação do ramo financeiro. E esta triste constatação a n ível nacional foi confirmada pela professora e psicóloga Luciane Araújo.
Ela, que supervisiona os estagiários em Cl ínica do Trabalho no Centro de Atendimento e Estudos Psicológicos da Universidade de Bras ília desde 2014, explicou que o adoecimento mental surge de um ambiente de trabalho onde impera o clima de pressão pelo cumprimento de metas, muitas vezes inating íveis, causa o estresse emocional e, consequentemente, atingem o corpo do trabalhador.
“;As principais causas se dão por conta da organização do trabalho, a pressão exercida pelos gestores para cumprimento de metas, o trabalho feito sempre de forma acelerada, tirando a humanização do saber fazer do sujeito em seu ambiente profissional. Então todo esse contexto passa a ser o ditador, que trata o trabalhador como se fosse um software que pudesse ser mudado a qualquer instante. Isso causa a aceleração do pensamento e até distúrbios do sono, principais efeitos no corpo da depressão e da s índrome do pânico, que são os chamados adoecimentos mentais “;, classificou Luciane, adiantando que a forma mais eficiente de combater esses males é o trabalhador saber falar, descrever a situação, reconhecer que existe o problema.
“;Pois sempre que reconhecemos o que se passa dentro do nosso corpo a gente consegue avançar nesta questão e mudar desse estágio para outro melhor “;, acrescentou.