Os bancos precisam melhorar o gerenciamento de riscos, o desempenho dos canais e os métodos de precificação, de acordo com o estudo global From Complexity to Client Centricity, conduzido pelo IBM Institute for Business Value, em parceria com o Economist Intelligence Unit, que será divulgado no CIAB 2011.
A pesquisa contou com a participação dos 200 principais bancos do mundo, sendo 28% das Américas, 36% da Europa e 36% da ásia e Austrália. Cerca de 90% dos bancos entrevistados acreditam que transformar o cenário atual é cr ítico, principalmente pelo aspecto da lucratividade.
O estudo concluiu que as instituições financeiras do futuro vão orientar seus produtos de acordo com o comportamento e atitudes do cliente, em vez de considerar somente dados como divisão de faixa etária, gênero e distribuição geográfica. Atualmente, apenas 27% (mercados maduros) e 32% (emergentes) já segmentam suas avaliações a partir de dados sobre o comportamento do cliente. No entanto, nos próximos três anos, a expectativa das instituições é que esse número dobre, passando a 61% (maduros) e 63% (emergentes).
Segundo o l íder de soluções para indústria financeira da IBM na América Latina, Roberto Bisca, a transformação dos dados em informação tende a melhorar o atendimento ao cliente e reduzir custos operacionais. “;Embora as instituições financeiras tenham um enorme volume de dados de seus clientes, ainda encontram dificuldades para transformá-los em informações de valor para a tomada de decisões. Como benef ício poderia superar as expectativas dos clientes por meio de insights, sugerindo produtos e serviços mais indicados de forma individual. O desafio é grande, mas já existem métodos e ferramentas para viabilizar tal seleção de forma inteligente e assertiva”.
A pesquisa indica ainda fatores chave para o sucesso das instituições financeiras. No caso dos mercados emergentes, o crescimento e lucro dos bancos estão cada vez mais relacionados com a inclusão financeira de pessoas que ainda não possuem conta bancária. “;No Brasil, temos mais de 50 milhões de pessoas não bancarizadas. Dos dados da População Economicamente Ativa (que corresponde a 53% da população brasileira), apenas 51% são bancarizadas, de acordo com o Ministério da Ciência e Tecnologia. As oportunidades de negócios nesse segmento são imensas e os bancos precisam continuar investindo em inovação para não perderem competitividade “;.
Além das oportunidades de inclusão bancária, o estudo da IBM indica que os bancos nos mercados emergentes devem focar-se em gerenciamento de riquezas, uma vez que a população de alta renda continuará crescendo e demandará cada vez mais atendimento customizado. “;No Brasil, estamos vivendo um momento promissor para as instituições financeiras. Além de terem a oportunidade de capturar muitos clientes novos, observam a evolução de seus clientes existentes, que passam de usuários de transações bancárias mais simples, para poupadores, tomadores de crédito e empresários. Este ciclo é muito interessante e demanda foco diferenciado para este público “;.
Os caminhos para a transformação
As quatro principais áreas apontadas pelos entrevistados como caminho para transformação dos negócios são gerenciamento de riscos, excelência de serviço ao cliente, gerenciamento de capital e eficiência de custos. O gerenciamento de riscos, segundo a pesquisa, preocupa 58% dos bancos – que continuam tendo que enfrentar desafios associados à prevenção de fraudes, riscos operacionais (rotatividade de funcionários), governança e conformidade com regulamentações governamentais. O orçamento destinado ao combate às fraudes continua crescendo. Para lidar com esse cenário, os bancos precisam aprofundar os conhecimentos e percepções relativas aos riscos. O caminho é usar ferramentas de análise e otimização de negócios (Business Analytics Optimization), para melhorar os insights e técnicas de gerenciamento.
As instituições financeiras acreditam que os maiores benef ícios de investimentos em ferramentas de Business Analytics são gestão de riscos, de clientes, inovação, planejamento estratégico, precificação, marketing, canais e força de trabalho. Hoje, mais de 40% dos bancos sofrem com o excesso de dados e falta de ferramentas para gerenciá-los.
O estudo alerta que os bancos do futuro precisarão ainda analisar os custos de sua complexidade operacional, principalmente nos mercados já maduros. Atualmente, estima-se que o valor relativo a esses custos com complexidade nesse mercado chegue a US$ 200 bilhões ao ano.
Fonte: IPNews
Para 90% dos bancos, transformar os negócios aumenta a lucratividade
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