Ao completar um mês de paralisação dos bancários, a Federação Nacional dos Bancos (Fenaban) convoca o Comando Nacional para nova rodada de negociação, a ser realizada às 17h, em São Paulo, no dia de hoje (5). Após rodada com a Fenaban, está agendada negociação espec ífica com o Banco do Brasil e com a Caixa acontecerá às 19h.
O presidente do Sindicato dos Bancários de Piracicaba e região (SindBan), José Antonio Fernandes Paiva, afirma que a duração da greve não pode ser comemorada. “;Infelizmente tivemos per íodo extremamente longo que não foi o desejo dos bancários e nem do Comando Nacional. Ingredientes, que não interessam aos trabalhadores, foram inclu ídos pelos banqueiros no movimento – forte interferência pol ítica do governo federal, que usa a Caixa Econômica Federal e o Banco do Brasil como dificultadores do fechamento da Campanha Salarial, não admitindo a reposição da inflação, fato que há mais de 10 anos temos conseguido, além do aumento real “;, explica.
Paiva salienta que os bancos tiveram como prioridade investir pesado nas eleições do último domingo, como o caso do banco Itaú com a criação do Partido Novo. “;Eles quiseram fortalecer setores arredios aos movimentos sociais, fundamentalmente o movimento sindical, tentando impor derrota aos bancários. Temos convicção que vamos concluir essa Campanha com o melhor acordo salarial dentre todos os trabalhadores. Queremos manter a jornada de 30 horas, melhorar as verbas de alimentação, setor de maior aumento da inflação, não permitir perdas aos bancários e, ainda, formalizar acordo por dois anos que já tenha a previsão para 2017 da reposição da inflação e aumento real “;, pontua.
Recordes -; A Campanha Nacional dos Bancários deste ano entra para a história ao completar 30 dias de paralisação contra o silêncio e o desrespeito dos bancos. A greve iguala a marca da campanha de 2004, primeiro ano da mesa de negociações unificadas entre bancos públicos e privados e recorde nesse novo modelo.
O 29º dia da greve nacional contou com 13.104 agências e 44 centros administrativos paralisados. O número representa 55% do total de agências de todo o Brasil. Na base territorial do SindBan, desde o in ício da greve, 6 de setembro, 80% das 132 agências estão sem atendimento ao público.