No terceiro dia de greve o movimento continua forte e expande para 10 cidades

A greve nacional dos bancários entra em seu terceiro dia e o movimento tem mostrado cada vez mais força. Na base de cobertura do Sindicato dos Bancários de Piracicaba e região, os dirigentes sindicais contabilizaram o engajamento de 10 cidades, num total de 96 agências fechadas.
Em Piracicaba oíndice permaneceu em 50 agências fechadas, sendo 88% de adesão. Em Santa Barbara d’Oeste, os números permaneceram os mesmos, sendo 14 agências fechadas e adesão de 86%. Em Capivari, os números cresceram das sete agências, seis aderiram à greve, adesão de 85%.
Em Cerquilho a greve também cresceu. Das seis agências, cinco aderiram à greve, adesão de 83%. Em Rafard os números se mantiveram das duas agências, uma ficou fechada. Adesão de 50%.
No terceiro dia da greve foi constatada a adesão das cidades de Laranjal Paulista, que das sete agências, seis paralisaram, adesão de 85%; Tietê, que das oito agências, sete aderiram à greve, (87%); São Pedro, que das sete agências, seis paralisaram (85%); águas de São Pedro, que das três agências, uma fechou (33%); Conchas, que das quatro agências, duas aderiram à greve (50%).

Comando Nacional reúne-se nesta sexta para avaliar e ampliar a greve
O Comando Nacional dos Bancários vai se reunir nesta sexta-feira 21 na sede da Contraf-CUT, em São Paulo, a partir das 14h, para fazer uma avaliação da greve da categoria e discutir estratégias para fortalecer o movimento em todo o pa ís caso a Fenaban (Federação Nacional dos Bancos) mantenha a postura intransigente em relação às reivindicações por 5% de aumento real, valorização do piso salarial, PLR maior, mais empregos e fim da rotatividade, melhores condições de saúde e trabalho, mais segurança nas agências e igualdade de oportunidades.
“A cada dia de silêncio da Fenaban a greve será maior do que no dia anterior”, afirma Carlos Cordeiro, presidente da Contraf-CUT e o coordenador do Comando Nacional. A paralisação vem crescendo em todo o pa ís, repetindo o mesmo roteiro dos anos anteriores. “A diferença é que este ano a greve está ainda mais forte que nas campanhas passadas”, acrescenta o presidente.
Anteontem (18), primeiro da greve, os bancários fecharam 5.132 agências e centros administrativos de bancos privados e públicos em todo o pa ís. No segundo dia, a paralisação atingiu 7.324 unidades. E nesta quinta-feira 20 o movimento cresceu, segundo as primeiras informações fornecidas pelos sindicatos.

Os bancos podem atender aos bancários porque os lucros são crescentes…
Os seis maiores bancos, que empregam 90% da categoria, lucraram R$ 25,2 bilhões no primeiro semestre de 2012, um aumento de 1,20% em relação ao mesmo per íodo do ano passado. Isso sem contar a manobra contábil de superdimensionamento das provisões para devedores duvidosos (PDD) diante de uma inadimplência em queda. O lançamento em PDD foi de R$ 39,15 bilhões no primeiro semestre, 64,3% a mais que o lucro l íquido dos bancos.

… Deram aumento de 9,7% aos altos executivos
Enquanto a Fenaban propõe reajuste de apenas 6% aos bancários, a remuneração já milionária dos altos executivos dos bancos aumentou este ano em 9,7%, segundo dados fornecidos pelos próprios bancos à Comissão de Valores Mobiliários. Assim, a remuneração anual de cada diretor estatutário chegará até R$ 8,4 milhões este ano.

… Setores menos lucrativos deram reajustes maiores
Quase todos os acordos salariais assinados no primeiro semestre de 2012 resultaram em aumento real de salários dos trabalhadores, segundo pesquisa do Dieese. Muitos desses acordos foram até superiores a 5% acima da inflação, enquanto a Fenaban ofereceu meros 0,58% de ganho real aos bancários.

… Os bancários brasileiros têm baixos salários
Enquanto os bancos pagam piso de 1.090 dólares no Uruguai e de 1.200 dólares na Argentina, aqui no Brasil o salário de ingresso de um bancário é de 681 dólares, ou seja, R$ 1.400. Os bancários querem um piso de R$ 2.416,23, equivalente ao salário m ínimo do Dieese.

Fernanda Moraes com Contraf-CUT
Coordenadora de Comunicação e Mkt. Sindicato dos Bancários de Piracicaba e Região
(190 3417-1331 / 9171-7716

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