Nesta quinta-feira, dia 8 de novembro, às 14h30, em Bras ília, a Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf/CUT) e a Caixa Econômica Federal retomam a mesa de negociações permanentes. Essa será a primeira reunião que acontece depois da campanha salarial 2012. Na pauta, os desdobramentos de assuntos que foram contemplados pelo acordo aditivo à Convenção Coletiva de Trabalho 2012/2013.
Os destaques dessa são o curso EAD para designado/Cipa e o in ício do debate sobre Saúde Caixa. O aditivo prevê a criação de um grupo de trabalho para avaliar o tema. Outro assunto diz respeito às promoções dos empregados, já que o processo de avaliação por mérito está em sintonia fina com a realização do curso da Universidade Caixa.
A questão relativa aos tesoureiros carece também de soluções concretas. Ocorre que esse segmento enfrenta condições desumanas de trabalho, agravadas depois da criação do Plano de Funções Gratificadas (PFG) em 2010 para substituir o antigo PCC. Com o PFG, o banco resolveu diminuir de oito para seis horas a carga horária de trabalho das funções técnicas, mas manteve o tesoureiro, antigo técnico de operações de retaguarda TOR, com jornada de 8h.
Por outro lado, como a maioria das unidades possui apenas um tesoureiro, os trabalhadores do segmento são os primeiros a chegar e os últimos a sair. Eles em geral, mesmo fazendo 8h, são obrigados a extrapolar a jornada todos os dias, quase sempre além do limite legal e, na maioria das vezes, não as registrando. Resultado: o excesso de tarefas é gigante e as pessoas estão no limite.
A questão dos dias de greve estará ainda em debate, porque a Caixa vem descontando um dia de trabalho dos salários dos empregados pertencentes às bases sindicais que permaneceram em greve no dia 28 de setembro, além dos casos em que aconteceram protestos e paralisações anteriores à greve.
A única exceção dessa realidade são os sindicatos das bases da Federação dos Trabalhadores e Trabalhadoras em Instituições Financeiras do Rio Grande do Sul (Fetrafi/RS) e do Sindicato dos Bancários de Porto Alegre e Região, que conseguiram na Vara do Trabalho liminar impedindo a Caixa de efetuar o desconto do salário dos empregados referente ao dia 28 de setembro e o consequente repouso semanal remuneração. A determinação da Justiça gaúcha é para que este dia seja compensado, tal qual está ocorrendo em relação aos demais dias de greve. Essa liminar abrange as bases territoriais dos sindicatos de Porto Alegre, Camaquã, Lajeado, Litoral Norte, Pelotas, Santa Maria, Soledade, Uruguaiana e Vale do Paranhana.
Fonte: Fenae