Pressão excessiva por metas, ameaças, humilhações, discriminação, às vezes na frente de colegas e clientes: tudo na busca por lucro ou pela vontade de mostrar poder. As consequências do assédio moral podem ser desastrosas para o trabalhador. Por isso o Ministério Público do Trabalho em São Paulo (MPT-SP) realiza Campanha de Combate ao Assédio Moral. Até o final do mês de agosto de 2015, serão veiculados anúncios em TV, rádio e jornal nos principais ve ículos de comunicação alertando para a necessidade de respeito no local de trabalho.
M ídia Impressa
“;Ações como esta podem ajudar as pessoas a descobrirem o significado da expressão ‘assédio moral’, para que possam então combater e denunciar “;, afirmou o procurador do Trabalho Marcelo Freire Sampaio Costa, representante do MPT-SP no TAC com a Samsung. Segundo ele, “;o combate ao assédio moral está relacionado à manutenção de um ambiente de trabalho saudável, com relações interpessoais saudáveis, voltado à proteção do trabalhador contra excessos cometidos nessas relações “;.
O MPT considera que há empresas com uma cultura de assédio moral, que não buscam evitar o problema ou podem até agravá-lo (por exemplo, forçando empregados a bater metas imposs íveis). Se isso for detectado em investigações do órgão, elas podem ser responsabilizadas junto com o agressor.
Maior dificuldade é obter provas
Só até junho de 2015 o MPT em São Paulo recebeu 566 denúncias de assédio moral e processou 6 empresas pela ilegalidade. Entre as principais reclamações estão: transferir o trabalhador de setor para isolá-lo ou colocá-lo de castigo, fazer brincadeiras de mau gosto ou cr íticas ao trabalhador em público, atribuir erros imaginários ao trabalhador, ou dar-lhe instruções erradas, com o fim de prejudicá-lo, submete-lo a humilhações públicas e em particular, impor horários injustificados, forçar sua demissão, proibir de ir ao banheiro, entre outros.
A denúncia pode ser feita nos sindicatos, no MPT ou no Ministério do Trabalho e Emprego, entre outros. Segundo procuradores do Trabalho, a grande dificuldade na luta contra o assédio moral é a obtenção de provas contra o agressor. O MPT recomenda que antes de denunciar o trabalhador reúna gravações, fotos ou documentos para mostrar que foi assediado, além de buscar testemunhas.