Mesa paritária de saúde volta a ser discutida com a Fenaban no dia de 9 dezembro

A Campanha Nacional 2015 garantiu a assinatura de um termo de entendimento entre a Fenaban e o movimento sindical bancário para tratar das condições de trabalho nos bancos, com o objetivo de reduzir as causas de adoecimento e afastamentos. Trata-se da cláusula 57ª da Convenção Coletiva de Trabalho (CCT 2015/2016), que dispõe sobre o desenvolvimento de programas para a melhoria cont ínua das relações de trabalho nos bancos, e representa uma dura e importante conquista da categoria bancária neste ano, depois de 21 dias de greve. A nova cláusula é um dos temas da mesa de saúde do trabalhador que será retomada com a Fenaban. A reunião bipartite está agendada para o dia 9 de dezembro, às 15h, na sede da entidade patronal, em São Paulo.

O processo negocial com Fenaban neste ano foi marcado por intensos debates a respeito da imposição de metas abusivas e o risco que representam para a saúde dos trabalhadores em todo o Pa ís. Pela primeira vez, as instituições bancárias reconheceram excessos na cobrança de metas e aceitaram negociar as soluções visando a melhoria das relações e das condições de trabalho dentro dos bancos.

O secretário de Saúde do Trabalhador da Contraf-CUT, Walcir Previtale, reforça que as metas abusivas, associadas às práticas de assédio moral, estão levando os bancários ao adoecimento.

A cláusula 57ª determina que a Fenaban institua, em cada banco, uma comissão paritária, constitu ída por representantes das COE’s (Comissão de Organização dos Empregados), da Contraf-CUT e do empregador, para acompanhamento e implementação de pol íticas que intervenham nos ambientes de trabalho, com objetivos de melhorar as relações e condições

Os programas devem ser implementados imediatamente pelos bancos e os seus resultados já devem aparecer em mesa de negociação marcada maio de 2016, conforme estabelecido na CCT 2015/2016. Os princ ípios já estão definidos pela cláusula 56ª da CCT -; que trata da prevenção de conflitos no ambiente de trabalho -; assinados com os bancos desde janeiro de 2011.

Os princ ípios que os bancos devem seguir:

Valorização de todos os empregados, promovendo o respeito a diversidade, à cooperação e ao trabalho em equipe;
Conscientização dos empregados sobre a necessidade de construção de um ambiente de trabalho saudável;
Promoção de valores éticos, morais e legais;
Comprometimento dos bancos para que o monitoramento de resultados ocorra com equil íbrio, respeito e de forma positiva para prevenir conflitos nas relações de trabalho.

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