O nono dia de greve em Piracicaba foi marcado por um grande manifesto realizado em frente à agência Centro Piracicaba do Banco Itaú. Uniram-se aos bancários e diretores do SINDBAN (Sindicato dos Bancários de Piracicaba e Região), na manhã desta sexta-feira, 27, integrantes do MST e diretores do CONESPI (Conselho de Entidades Sindicais de Piracicaba e Região) -; que representa mais de 2 milhões de trabalhadores.
Representantes do Sindicato dos Papeleiros, dos Metalúrgicos, da Alimentação e do Comércio e integrantes do MST vestiram a camisa do SINDBAN para apoiar o Manifesto de apoio à luta dos bancários, exigindo menos filas, mais contratações de bancários, menos juros e tarifas e mais segurança aos bancários e clientes. Os representantes usaram a palavra e reafirmaram a união das categorias como forma de reagir contra o abuso dos patrões e a favor dos trabalhadores, que se esforçam, têm salários baixos, adoecem em função das cobranças e ainda sofrem assédio moral. Citaram ainda que Piracicaba precisa trabalhar 40 anos para arrecadar os mesmos R$ 40 bilhões que os banqueiros conseguiram lucrar em apenas seis meses.
O local escolhido foi o Itaú como forma de protesto contra uma gerente do Banco, que estaria cometendo assédio moral contra bancárias, tentando coagir as mesmas a não aderirem à greve e retornar ao trabalho. “;A pressão por parte desta gerente está coagindo as bancárias e as obrigando a vim até a porta do banco para trabalhar. O Sindicato é totalmente contra essa atitude da assediadora e não queremos mais ela atuando na agência, cometendo este tipo de atitude com os bancários “;, afirmou o presidente do SINDBAN e vereador, José Antonio Fernandes Paiva.
A luta por condições dignas de trabalho, reajuste salarial digno, menos demissões e mais contratações, contra o assédio moral e o abuso dos bancos continua. Como nenhuma proposta foi apresentada pela Fenaban (em nome dos banqueiros) até o momento, a greve continua na próxima segunda-feira, 30, com mais agências fechadas e bancários aderindo à greve.
NACIONAL -; Mais de 10.500 agências e centros administrativos já foram fechados em nove dias de greve em todo o Brasil, contabilizando a maior greve dos últimos anos. E a greve deve continuar crescendo em todo o pa ís, porque a categoria está indignada com a postura intransigente dos bancos.
Texto: Michelle Bottin/Fotos: Elison Godoy Ferreira
Manifesto em apoio à luta dos bancários reúne as principais lideranças sindicais de Piracicaba
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