Amanhã, 23, representantes do Banco Santander e da assessoria jur ídica do Sindicato dos Bancários de Piracicaba e Região participam de audiência no Ministério Público do Trabalho, da Procuradoria Regional do Trabalho 15ª. Região, em Campinas. A ação, segundo o diretor do Sindicato José Jaime Perim, é movida após denúncia de jornada extra de trabalho por parte dos funcionários do banco.
Desde o mês de fevereiro deste ano, alguns funcionários das agências de Piracicaba e região têm sido escalados para trabalhar faculdades e universidades, no intuito de vender produtos do banco. “;Eles fazem a jornada normal de trabalho, das 9h às 18h e depois algumas equipes são obrigadas a fazerem turnos das 19h às 21h ou das 20h às 22h. Além dessa jornada extra, esses bancários trabalham sem condições alguma de segurança e ergonomia “;, ressalta Perim.
O presidente do Sindicato dos Bancários de Piracicaba, José Antonio Fernandes Paiva, disse que as faculdades não são locais adequados para a venda de produtos bancários, uma vez que as pessoas que frequentam esses espaços estão em busca de conhecimentos e não de tais produtos. “;Além disso, esses bancários estão trabalhando sem condições de segurança, pois o serviço é realizado em horário fora do expediente e sem as normas de ergonomia estabelecidas pelo Ministério do Trabalho “;, salienta.
De acordo com o Perim, essas faculdades e universidades têm parceria com o Santander, sendo que os registros acadêmicos de algumas dessas instituições são cartões de crédito do banco.
O Sindicato dos Bancários tomou ciência desse fato em março, e denunciou o episódio ao Ministério Público do Trabalho, que começou a apurar e analisar o caso. Após os estudos, o MPT marcou audiência amanhã com representantes do banco Santander e do Sindicato dos Bancários.
Fernanda Moraes
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