O II Fórum Nacional pela Visibilidade Negra no Sistema Financeiro, realizado nos dias 13 e 14, no Rio de Janeiro, repactuaram a carta-compromisso de enfrentar e combater todas as formas de discriminações e o empenho com a promoção permanente da igualdade, independente do sexo, da raça/cor, da orientação sexual e identidade de gênero, do fator geracional e se pessoa com deficiência. O evento foi promovido pela Contraf-CUT em parceria com o Sindicato dos Bancários do Rio e a Fetraf RJ-ES.
O documento aprovado traz não só a posição dos mais de 60 participantes sobre os temas discutidos, mas também propostas de atuação e realização de atividades sindicais em todo pa ís. Um dos compromissos assumidos foi o de realizar o Fórum a cada dois anos, de forma itinerante.
QUESTIONAMENTOS -; Alguns questionamentos importantes foram colocados durante o II Fórum, como o porquê das desigualdades e as distâncias entre negros/as e brancos/as não terem diminu ído no último per íodo, o que deve levar a esquerda brasileira a repensar e direcionar ações espec íficas (ações afirmativas) para a população negra.
Outro questionamento importante se relaciona com a ocupação dos espaços de poder e decisão pol ítica, onde se constata baix íssima presença e quase ausência total da “;cara preta “; que vai do executivo ao legislativo.
Os dados sobre a letalidade dos jovens negros também chamou a atenção dos participantes e todos apontaram a necessidade de romper com esse sistema ideológico que mantém as discriminações.
AMEAçA IMINENTE -; Almir Aguiar, presidente do Sindicato dos Bancários do Rio, apresentou um desafio imediato para os militantes do movimento negro: as tentativas empresariais de derrubar o feriado de 20 de novembro, dia da Consciência Negra e aniversário de morte de Zumbi dos Palmares.
“;A Associação Comercial do Paraná obteve uma liminar junto ao Tribunal de Justiça do Estado cancelando o feriado, alegando preju ízos ao comércio. Esse tipo de iniciativa tem que ser fortemente combatido, já que pode abrir um precedente. As entidades do movimento negro, os sindicatos, os movimentos sociais tem que se unir e lutar para que o feriado seja nacional, com aprovação do projeto que já tramita no Congresso “;, defendeu Almir.
O presidente do Sindicato fez referência ao PLS 302/204, de autoria do senador Paulo Paim (PT-RS), que completa a lei já em vigor, oficializando a data como feriado oficial em todo o pa ís.
Atualmente, a aprovação do feriado tem sido feita por Câmaras Municipais e Assembleias Legislativas. “;Se fosse para comemorar os feitos de um homem branco, não seria contestado. Derrubar o feriado que lembra a luta do povo negro é uma clara demonstração de racismo e nós precisamos combatê-la “;, enfatiza Almir.
Fonte: Contraf-CUT com Seeb Rio e Fetraf RJ-ES
II Fórum repactua carta-compromisso contra discriminações nos bancos
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