Greve Geral: SindBan realiza Assembleia para definir ações

17/04/2017 – 16:00

No ano em que a primeira Greve Geral do pa ís completa 100 anos, categorias volta às ruas contra as Reformas da Previdência e Trabalhista

Era julho de 1917. 100 anos atrás. Século passado. O movimento operário realizava a primeira Greve geral do pa ís. Nas ruas, imigrantes que não compartilhavam da mesma l íngua, mas foram unidos pela luta. A classe que não tinha voz, queria direitos. Proibição do trabalho de menores de 14 anos e pagamento de 50% no caso de horas extras eram algumas das reivindicações. Hoje, em 2017, os trabalhadores voltas às ruas, no dia 28 de abril o Brasil vai parar. é greve geral. As classes se uniram novamente. Bancários, metroviários, motoristas, aeroviários, juntos contra as Reformas da Previdência e Trabalhistas. Todos em defesa de uma única categoria: os trabalhadores.

Contra qualquer tipo de retirada de direitos da classe trabalhadora, o SindBan (Sindicato dos Bancários de Piracicaba e Região) está realizando uma ampla campanha contra as Reformas propostas. Para preparar ações e mobilizar a categoria bancária para a Greve Geral, os diretores do SindBan realizam Assembleia na noite desta segunda-feira (17). Para o presidente da instituição, José Antonio Fernandes Paiva, a greve é a forma que os trabalhadores têm para serem ouvidos.

“;Há 100 anos, operários, mesmo perseguidos, iam às ruas lutar para conquistar direitos. Dia 28 de abril vamos às ruas para não perdermos o que foi conquistado com muito sangue e sacrif ício. Desde que as Reformas foram divulgadas estamos realizando mobilizações, só vamos parar quando essas maldades contra os trabalhadores não foram aprovadas “;, defendeu o sindicalista.

Reforma da Previdência

Idade m ínima de 65 anos, sem distinção de gênero, 49 anos de contribuição para receber 100% do valor, proibição do acúmulo de pensões, trabalhadores rurais passam a contribuir para o INSS sobre as mesmas regras, o valor da pensão recebida por morte cairá pela metade. Essas são algumas das mudanças que a população brasileira enfrentará com a aprovação da Reforma da Previdência, proposta pelo Governo Federal em dezembro de 2016. Desde o in ício de março, o SindBan está realizando ações contra a Reforma. Apresentada sobre a justificativa de que há um déficit na Previdência, ou seja, falta dinheiro em caixa, a PEC vem gerando inúmeras discussões pelo pa ís. Anualmente, a ANFIP (Associação Nacional dos Auditores Fiscais da Receita Federal do Brasil) divulga a publicação da Análise da Seguridade Social. Todos os anos, os saldos têm sido positivos. Segundo a advogada previdenciária, Dra. Ana Julia Avanci, o Governo Federal retira anualmente 20% do caixa da Previdência e quer passar a retirar 30%. “;Essa medida não é ilegal, está prevista na DRU (Desvinculação de Receitas da União), porém, como você retira 30% de algo que você diz que está falido? Não faz sentindo. A previdência não está falida e os números já provaram isso “;, explicou Ana Julia.

Reforma Trabalhista

Criada com a justificativa de que é necessária uma modernização na CLT, consolidada em 1943, a Reforma Trabalhista não foi constru ída com posicionamentos e opiniões dos trabalhadores. O contrato intermitente, uma modalidade na qual o trabalhador não dispõe de horário fixo, limite de indenização para morte, parcelamento de férias, mudanças na jornada em deslocamento e fim da contribuição sindical são algumas das alterações. Para Paiva, a justificativa de modernização é uma farsa, já que inúmeras mudanças já ocorreram no texto. “;Mais uma vez, essa é uma Reforma para beneficiar o empresariado brasileiro e acabar com os direitos do trabalhador. A justificativa de modernização não tem fundamento, a CLT já sofreu várias mudanças. Outro ponto preocupante é o fim da contribuição sindical, enfraquecendo o movimento responsável por conquistas trabalhistas “;, comentou.

Eleições

Outro tema que que será discutido na Assembleia é a eleição do SindBan 2017. Encabeçada pelo atual presidente, a chapa única, Chapa 1 -; Resistir e Avançar, é a primeira da história dos sindicatos a ter paridade entre homens e mulheres. O calendário eleitoral, que teve in ício em janeiro, tem seu principal acontecimento nos próximos dias 19 e 20 de abril: as eleições. Composta por 75 candidatos, a Chapa 1 -; Resistir e Avançar tem um terço de novos dirigentes sindicais. Os critérios definidos para compor a chapa foram votados em uma Convenção Regional do Sindicato. Além da paridade de gênero, outras três cotas foram determinadas: m ínimo de quatro diretores negros, 20% de jovens de 18 a 35 anos e ampliação em mais de 100% das pessoas com deficiência.

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