A adesão à greve dos bancários em Piracicaba triplicou na manhã desta quarta-feira, 1º de outubro, se comparado ao primeiro dia de paralisações. No segundo dia de greve, 43 pontos de atendimento da cidade permaneceram fechados, ou seja, 77,8% dos 54 pontos. Em toda base do SINDBAN (Sindicato dos Bancários de Piracicaba e Região), que compreende 22 cidades, 87 pontos de atendimento, de oito bancos em 12 cidades fecharam, aderindo à greve.
Além das principais agências do Centro, também aderiram ao segundo dia de greve bancários da Vila Rezende, Vila Independência, Carlos Botelho, Piracicamirim, Santa Terezinha, Paulicéia e Paulista. Além de Piracicaba, bancários também entraram em greve em águas de São Pedro, Capivari, Cerquilho, Tietê, Laranjal Paulista, Conchas, Rio das Pedras, Saltinho, Santa Bárbara D’Oeste, São Pedro e Rafard.
Até ontem, primeiro dia da luta nacional, havia 42 pontos fechados em oito bancos de dez cidades. “;Pretendemos ampliar o movimento, chegando ao máximo poss ível de agências da nossa base. A ampliação de hoje foi a pedido dos bancários dos bairros e de outras cidades que também queriam aderir à greve. Vamos fortalecer a luta a cada dia, porque temos o apoio dos bancários e da população “;, declarou a presidente do SINDBAN (Sindicato dos Bancários de Piracicaba e Região), Angela Ulices Savian.
O aposentado José Roberto Azevedo, de 53 anos, ratificou as palavras da presidente. O ex-chaveiro disse que aprova a paralisação. “;Não é poss ível que os banqueiros só queiram lucrar e não pensam nem nos funcionários e muito menos em nós, aposentados. Sou a favor da greve “;, declarou.
Favorável ao movimento também estava a aposentada Silvia Regina Severino, de 54 anos. “;Vocês têm de continuar a luta, para melhorar tudo. Quem sabe até um atendimento mais humanizado a nós aposentados. Eu ainda tenho facilidade de lidar com o caixa eletrônico, mas tem aposentado que nem enxerga direito nessas máquinas “;, acrescentou.
INFORMAçõES -; Os diretores do SINDBAN que estão em frente às agências em greve entregaram informativos à população sobre os motivos da greve. “;O importante é deixar claro para os clientes que a culpa não é dos bancários, mas dos banqueiros que não atenderam as reivindicações da categoria “;, frisou Angela.
NACIONAL -; Bancários fecharam pelo menos 6.572 agências e centros administrativos de bancos públicos e privados em 26 estados e no Distrito Federal no primeiro dia da greve nacional. São 427 unidades paralisadas a mais que no primeiro dia da greve do ano passado (6.145), um crescimento de 6,95%.
A paralisação por tempo indeterminado continua ante a proposta irrisória apresentada pelos bancos -; setor que mais lucra no pa ís -;, que não chega a 1% de aumento real.
Texto: Michelle Bottin DRT-PR 7704 e Lilian Santos MTB 21.858
Fotos: Camila Gandolfi
Greve em Piracicaba: 77,8% das agências fecham no segundo dia
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