Greve dos bancários começa amanhã

A greve nacional dos bancários inicia a 0h desta quinta-feira, 19. Em Piracicaba não será diferente e os detalhes de como será a paralisação na cidade serão definidos em Assembleia marcada para a noite de hoje, 18, a partir das 19h, na sede do SINDBAN (Sindicato dos Bancários de Piracicaba e Região).
A greve nas 22 cidades que compõe a base do Sindicato foi definida em Assembleia Geral Extraordinária, realizada no último dia 12. Os bancários definiram a paralisação a partir desta quinta-feira, porém mantendo abertos os caixas eletrônicos e serviços essenciais a população -; que não possam ser realizados nos caixas eletrônicos. Existe a possibilidade de que a greve possa iniciar em unidades centralizadoras de serviços bancários dos grandes bancos e/ou em centros de gerência local, regional ou estadual. “;Faremos o máximo poss ível para que os clientes não sejam prejudicados. A nossa paralisação é contra a ganância e a irresponsabilidade dos banqueiros “;, afirmou o presidente do SINDBAN, José Antonio Fernandes Paiva.
DECISãO -; A decisão para que a greve seja iniciada partiu após apresentação de proposta pela Fenaban ao Comando Nacional dos Bancários no dia 5 de setembro. O reajuste ofertado foi de 6,1% (reposição da inflação prevista) sobre os salários, os pisos, a PLR e demais verbas de caráter salarial, considerados insuficientes. O Comando Nacional rejeitou a proposta já na mesa de negociação e aprovou um calendário de luta abrangendo assembleias locais e a greve nacional a partir do dia 19.
REIVINDICAçõES BANCáRIOS -; Reajuste salarial de 11,93%, composto de 5% de aumento real, além da inflação projetada de 6,6%; PLR: três salários mais R$ 5.553,15; Piso: R$ 2.860,21 (salário m ínimo do Dieese); Vales alimentação, refeição, 13ª cesta e aux ílio-creche/babá: R$ 678 ao mês para cada (salário m ínimo nacional); Melhores condições de trabalho, com o fim das metas abusivas e do assédio moral que adoece os bancários; Emprego: fim das demissões, mais contratações, aumento da inclusão bancária, combate às terceirizações; Plano de Cargos, Carreiras e Salários (PCCS) para todos os bancários; Aux ílio-educação: pagamento para graduação e pós-graduação; Prevenção contra assaltos e sequestros, com o fim da guarda das chaves de cofres e agências por bancários; Igualdade de oportunidades para bancários e bancárias, com a contratação de pelo menos 20% de trabalhadores afro-descendentes.
A PROPOSTA DA FENABAN -; Reajuste de 6,1% (previsão da inflação pelo INPC) sobre salários, pisos e todas as verbas salariais (aux ílio-refeição, cesta-alimentação, aux ílio-creche/babá etc.); PLR de 90% do salário mais valor fixo de R$ 1.633,94, limitado a R$ 8.927,61 (o que significa reajuste de 6,1% sobre os valores da PLR do ano passado); parcela adicional da PLR – 2% do lucro l íquido dividido linearmente a todos os bancários, limitado a R$ 3.267,88; adiantamento emergencial: não devolução do adiantamento emergencial de salário para os afastados que recebem alta do INSS e são considerados inaptos pelo médico do trabalho em caso de recurso administrativo não aceito pelo INSS; prevenção de conflitos no ambiente de trabalho: redução do prazo de 60 para 45 dias para resposta dos bancos às denúncias encaminhadas pelos sindicatos, além de reunião espec ífica com a Fenaban para discutir aprimoramento do programa; adoecimento de bancários: constituição de grupo de trabalho, com n ível pol ítico e técnico, para analisar as causas dos afastamentos; inovações tecnológicas: realização, em data a ser definida, de um Seminário sobre Tendências da Tecnologia no Cenário Bancário Mundial.
Texto: Michelle Bottin

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