A greve dos bancários chegou ao sétimo dia nesta segunda-feira. Os funcionários de bancos públicos e privados de todo o pa ís mantêm a paralisação e reivindicam reajuste salarial de 12,8%. A Fenaban (Federação Nacional dos Bancos) fez a proposta de 8%, o que significa 0,56% de aumento real, já que a inflação do per íodo é de 7,39%. Proposta considerada insuficiente pelo Comando Nacional dos Bancários.
Na base do Sindicato dos Bancários de Piracicaba e região, já são 13 cidades que aderiram ao movimento, totalizando 100 agências paralisadas, em Piracicaba se mantém oíndice dos primeiros dias, com 47 agências paralisadas, totalizando 85,5%.
Segundo a categoria, o valor pedido representa 5% do aumento real mais a inflação do per íodo. Além disso, a categoria quer valorização do piso, maior PLR (Participação nos Lucros e Resultados), abertura de contratações, fim da rotatividade, combate ao assédio moral, extinção de metas que consideram abusivas, mais segurança, igualdade de oportunidades e melhoria do atendimento aos clientes.
Veja as principais reivindicações da categoria:
Remuneração
– Reajuste de 12,8% (inflação do per íodo mais aumento real de 5%).
– Piso igual ao salário m ínimo do Dieese: R$ 2.297,51 (em junho).
– PLR: três salários mais R$ 4.500 sem desconto dos programas próprios de renda variável
– Plano de Cargos e Salários (PCS) em todos os bancos.
– Gratificação semestral de 1,5 salários para todos os bancários.
– Contratação da remuneração total dos bancários.
– Vale-refeição, cesta-alimentação, 13ª cesta e aux ílio creche/babá iguais ao salário m ínimo (R$ 545).
– Aux ílio-educação para todos os bancários.
– Previdência complementar para todos os bancários.
Emprego
– Garantia de emprego;
– Proteção contra a dispensa imotivada, combatendo a rotatividade.
– Contratação de mais bancários;
– Fim das terceirizações.
– Jornada de trabalho de seis horas para todos os bancários.
– Ampliação do horário de atendimento para das 9h às 17h com dois turnos de trabalho;
– Tempo de até 15 minutos de espera nas filas nos dias normais;
– Abono assiduidade de cinco dias por ano.
Igualdade de oportunidades
– Igualdade na contratação, remuneração e ascensão profissional.
– Realização de um novo censo para avaliar os resultados dos programas implantados pelos bancos para combater a discriminação.
– Prorrogação automática da licença-maternidade de quatro para seis meses, sem necessidade de solicitação por parte da bancária.
– Condições de acessibilidade nas agências tanto para bancários como para clientes com deficiências.
Saúde do trabalhador
– Fim das metas abusivas e combate ao assédio moral.
– Participação dos trabalhadores na fixação das metas, que devem levar em consideração o tamanho, a localização e o perfil econômico das dependências, e não podem ser individuais.
– Fim da divulgação de rankings individuais sobre cumprimentos de metas.
– Suspensão do trabalho em espaços f ísicos em reforma.
– Manutenção do salário e demais direitos no per íodo de afastamento por problemas de saúde.
– Permanência do plano de saúde na aposentadoria e com as mesmas regras.
Segurança bancária
– Assistência médica e psicológica às v ítimas de assaltos, sequestros e extorsões.
– Emissão da CAT para quem esteve no local de assaltos e sequestros.
– Fechamento das agências após assaltos, consumados ou não.
– Porta de segurança, câmeras com monitoramento em tempo real e vidros blindados em todas as agências e postos.
– Biombos entre a fila de espera e a bateria de caixas, e divisórias individualizadas entre os caixas internos e os eletrônicos para combater “saidinha de banco”.
– Proibição ao transporte de valores e à guarda das chaves das unidades pelos bancários.
– Adicional de 30% de risco de morte para agências, postos e tesouraria.
Greve dos bancários chega ao sétimo dia
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