Greve cresce no segundo dia e bancários param 6.248 agências em todo o país

A greve nacional dos bancários se fortaleceu nesta quarta-feira, 28, seu segundo dia, e aumentou para 6.248 o número de agências e centros administrativos de bancos públicos e privados fechados em 25 estados e no Distrito Federal. São 2.057 unidades fechadas a mais do que no primeiro dia de greve, quando foram paralisadas 4.191 unidades, de acordo com o balanço feito pela Contraf-CUT, a partir dos dados enviados pelos sindicatos até as 18 horas. único estado ainda fora da mobilização, os bancários de Roraima aprovaram a deflagração de greve em assembleia realiza na noite desta terça, 27, e deverão se juntar ao movimento a partir do dia 3.
“;A tendência do movimento é aumentar rapidamente em todo o pa ís. A força da greve é proporcional pela insatisfação dos bancários, que cresce a cada dia sem manifestação por parte dos banqueiros “;, declara José Antonio Fernandes Paiva, presidente do Sindicato dos Bancários de Piracicaba e região. “A julgar pelos anos anteriores, o movimento deve continuar se fortalecendo e vamos trabalhar para isso. Estamos abertos para a retomada das negociações e cabe aos bancos apresentarem uma nova proposta, só que agora uma proposta decente”, conclui.
Os bancários entraram em greve por tempo indeterminado após a quinta rodada de negociações com a Fenaban, ocorrida na última sexta-feira, dia 23, em São Paulo, quando foi recusada pelos trabalhadores a proposta de reajuste de 8% sobre os salários. Os bancários reivindicam reajuste de 12,8% (5% de aumento real), valorização do piso, maior Participação nos Lucros e Resultados (PLR), mais contratações, fim da rotatividade, melhoria do atendimento aos clientes, fim das metas abusivas e do assédio moral, mais segurança e igualdade de oportunidades.
Segundo Paiva, as reivindicações são justas e as empresas têm todas as condições de atendê-las, como mostram os alt íssimos valores da remuneração dos diretores e conselheiros de administração dos bancos. Segundo pesquisa do Dieese baseada nos balanços dos bancos, o conjunto dos altos executivos do Itaú recebeu R$ 683 milhões em 2010, enquanto os do Bradesco receberam R$ 298 milhões e os do Santander ficaram com R$ 207 milhões no ano.
“;O Brasil está entre as dez nações mais desiguais do mundo, com maior diferença entre os salários. Um executivo de banco chega a ganhar 400 vezes a renda do piso de um bancário. Precisamos urgente modificar esta situação “;, finaliza Paiva.
Fonte: Contraf-CUT

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