Greve cresce no segundo dia e 8.763 agências paralisam as atividades

O segundo dia da greve nacional dos bancários, nesta quarta-feira (7), foi marcado pelo crescimento da mobilização em todo o Brasil. Nos 26 Estados da Federação e no Distrito Federal, 8.763 agências e centros administrativos permaneceram fechados durante todo o dia. Um aumento de 2.512 agências, cerca de 40% maior que a paralisação do primeiro dia de greve.

Para a presidencia da Contraf-CUT, a greve dos bancários se consolidou e aumentou hoje, o que mostra que a insatisfação dos trabalhadores também se ampliou.

Greve forte conquista

Nos últimos anos, os bancários vêm conquistando aumentos reais de salário e foi a força da greve que levou os banqueiros a retomar as negociações e a apresentar uma nova proposta. Na Campanha Nacional 2015, a greve vem crescendo e o per íodo de sua duração será definido pela força da mobilização dos bancários.
Somente uma greve forte garantirá uma proposta decente, que respeite a imensa participação dos bancários, com seu trabalho, nos lucros astronômicos que os bancos vêm apresentando.

Confira as reivindicações dos bancários:

Reajuste salarial de 16%. (incluindo reposição da inflação mais 5,7% de aumento real)

PLR: 3 salários mais R$7.246,82

Piso: R$3.299,66 (equivalente ao salário m ínimo do Dieese em valores de junho último).

Vales alimentação, refeição, 13ª cesta e aux ílio-creche/babá: R$788,00 ao mês para cada (salário m ínimo nacional).

Melhores condições de trabalho com o fim das metas abusivas e do assédio moral que adoecem os bancários.

Emprego: fim das demissões, mais contratações, fim da rotatividade e combate às terceirizações diante dos riscos de aprovação do PLC 30/15 no Senado Federal, além da ratificação da Convenção 158 da OIT, que co íbe dispensas imotivadas.

Plano de Cargos, Carreiras e Salários (PCCS) para todos os bancários.

Aux ílio-educação: pagamento para graduação e pós.

Prevenção contra assaltos e sequestros: permanência de dois vigilantes por andar nas agências e pontos de serviços bancários, conforme legislação. Instalação de portas giratórias com detector de metais na entrada das áreas de autoatendimento e biombos nos caixas. Abertura e fechamento remoto das agências, fim da guarda das chaves por funcionários.

Igualdade de oportunidades: fim às discriminações nos salários e na ascensão profissional de mulheres, negros, gays, lésbicas, transexuais e pessoas com deficiência (PCDs).

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