FENABAN MANTÉM INTRANSIGÊNCIA E APRESENTA PROPOSTA INSUFICIENTE, SINDBAN AVALIA EM PLENÁRIA O ANDAMENTO DA CAMPANHA

Na noite de ontem, terça-feira, 22 de agosto os dirigentes sindicais da diretoria do SindBan se reuniram para uma plenária de avaliação da Campanha e das atividades sindicais. O encontro aconteceu na sede do Sindicato e reuniu bancários de oito bancos, e 10 cidades da base. Concomitantemente a essa plenária, em São Paulo o Comando Nacional estava reunido com a Fenaban a fim de consolidar mais uma rodada de negociação.

O resultado dessa oitava conversa com os banqueiros foi insatisfatório, e rejeitado na mesa pelos representantes dos bancários, visto que a proposta da Fenaban retirava direitos. “;Houve alteração noíndice, com aumento real, mas ainda é insuficiente, aquém do que eles podem pagar. Setores menos lucrativos pagaram aumento real maior e os bancos podem pagar ainda mais “;, comenta o Presidente do SindBan, e Vice-Presidente da Federação dos Bancários de SP e MS José Antônio Fernandes Paiva.

Proposta retira direitos e ataca doentes e Gestantes na PLR

Depois de oito rodadas o setor mais lucrativo do pa ís apresentou proposta insuficiente aos trabalhadores: acordo de dois anos, 3,79 % de reposição da inflação com aumento real de apenas 0,5% em 2018 e em 2019. Já a PLR se manteria nos mesmos moldes de 2016 com pagamento da 1ª parcela em 20 de setembro. Juntamente com isso a Fenaban propôs a mudança de redação ou exclusão de diversas cláusulas da CCT.

Além disso, a proposta prevê o não pagamento de PLR integral às bancárias que entram em licença maternidade, assim como acaba com a PLR integral para trabalhadores e trabalhadoras afastados por doença ou acidentados. E também se permite que a gratificação de função seja descontada dos cálculos das horas extras, quando o trabalhador conquista as 7ª e 8ª horas na Justiça.

Diante da recusa do Comando Nacional a Federação dos bancos pediu um prazo para deliberar com os bancos e, assim, a negociação continuará na quinta-feira (23) às 10h. “;O Sindicato está disposto a negociar, mas se os bancos não quiserem valorizar os trabalhadores com uma proposta decente que contemple o aumento real, e com contrapartida insistirem na retirada de direitos, não teremos acordo. Nenhuma proposta que retire direitos dos trabalhadores será aceita pelos bancários, o movimento sindical esgotará todas as oportunidades de negociação para a construção de uma CCT “;, reforça Paiva.

Veja mais sobre a proposta dos bancos

• Retirada do salário substituto (cláusula 5ª)

• Fim da PLR integral para bancárias em licença-maternidade e afastados por acidente ou doença (esses trabalhadores receberiam PLR proporcional ao per íodo trabalhado)

• Querem compensar, caso percam na Justiça, as horas extras pagas como gratificação de função conforme a cláusula 11ª da CCT. Esse item não vale para os bancos públicos, que têm Plano de Cargos e Salários (PCS). A proposta foi rejeitada e o Comando quer negociar PCS para todos

• Alteração da cláusula do vale-transporte, rejeitada porque ficaria pior do que a lei (cláusula 21ª)

• Fim da cláusula que pro íbe a divulgação de ranking individual (cláusula 37ª)

• Retirada da cláusula que previa adicional de insalubridade e periculosidade porque está na lei (cláusula 10ª)

• Querem flexibilizar o horário de almoço de 15 minutos para 30 minutos na jornada de seis horas (exceto para teleatendimento e telemarketing)

• Fim do vale-cultura (cláusula 69). Comando quer que permaneça para que o direito esteja garantido caso do governo retome o programa.

• Retirada da cláusula que garantia a homologação de rescisão contratual nos sindicatos

• Aqui um avanço: garante o parcelamento do adiantamento de férias em três vezes, a pedido do empregado

• Outro avanço: mantém o direito do hipersuficiente à CCT (quem ganha mais de R$ 11.291,60.

• Mantém o direito ao adiantamento emergencial para quem tem recurso ao INSS por 90 dias. Os bancários querem 120 dias.

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