Enquanto lucra R$ 4,3 bi até setembro, Santander corta 3.414 empregos

Apesar do lucro l íquido gerencial de R$ 4,335 bilhões nos nove primeiros meses de 2013, o Santander Brasil extinguiu 3.414 empregos no mesmo per íodo, o que é inaceitável para a Contraf-CUT. Apenas no terceiro trimestre, o banco espanhol lucrou R$ 1,407 bilhão, mas fechou 1.124 postos de trabalho. Já nos últimos 12 meses, o corte alcançou 4.542 vagas, uma queda de 8,2% no quadro de funcionários que caiu para 50.578 em setembro deste ano.
“;Com todo esse lucro bilionário, nada justifica as milhares de demissões de bancários, a prática da rotatividade e o corte de milhares de postos de trabalho, o que mostra que o banco segue andando na contramão da economia brasileira que, ao contrário do Santander, continua gerando empregos e crescendo “;, protesta o presidente da Contraf-CUT, Carlos Cordeiro.
Essa redução de 3.414 empregos, somada às 975 vagas extintas em dezembro do ano passado durante as demissões em massa, totaliza 4.389 postos de trabalho a menos nos últimos dez meses, aproximando-se do boato que circulou na véspera do Natal de que o Santander cortaria cinco mil empregos. O resultado no Brasil representou 24% do lucro mundial do Santander até setembro.
A carteira de crédito total somou R$ 222,071 bilhões em setembro de 2013, com crescimento de 7,1% em 12 meses. O crédito à pessoa f ísica totalizou R$ 73,773 bilhões, alta de 6,3% no per íodo, com destaque para o crédito imobiliário. A carteira de pequenas e médias empresas somou R$ 34,398 bilhões, queda de 1,2% no mesmo per íodo e a carteira de Grandes Empresas atingiu R$ 77,153 bilhões, com crescimento de 15,5%. A inadimplência da carteira é de 4,5% (queda 0,7 ponto percentual em 12 meses).
Já as receitas de prestação de serviços e tarifas bancárias alcançaram R$ 7,828 bilhões, com alta de 9,3% em relação aos nove primeiros meses de 2012. Somente com essa receita, o Santander cobre 148% do total de despesas de pessoal do banco (inclusive PLR). No mesmo per íodo do ano passado, a cobertura foi de 131%. As despesas de pessoal, no per íodo, tiveram queda de 2,8%, fruto do corte de empregos no per íodo.
“;O Santander tem que parar de demitir, fazer mais contratações e rever o modelo de gestão. Não será freando o crédito e cortando custos que o banco vai crescer no mercado brasileiro, mas sim com ampliação dos empregos, com melhoria das condições de trabalho, com valorização dos funcionários e com atendimento de qualidade aos clientes “;, concluiu.
Fonte: Contraf-CUT

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