Em três meses, governo perdoa quase R$ 30 bilhões dos bancos

Em 90 dias, o governo ileg ítimo de Michel Temer garantiu o perdão da d ívida de aproximadamente R$ 30 bilhões do Bradesco, Itaú e Santander. A medida rendeu cr íticas da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT).

“;é uma grande preocupação nossa, esse discurso das reformas Tributária e da Previdência, de que os culpados pela dificuldade de orçamento e receita são os trabalhadores. Esse montante perdoado, ajudaria a pagar, inclusive, o alegado déficit da Previdência “;, afirmou o presidente da Contraf-CUT, Roberto von der Osten.

Santander e Itaú tiveram suas d ívidas perdoadas no Conselho Administrativo de Recursos Fiscais (Carf). O primeiro teve seu caso analisado pelo órgão no dia 20 de julho e viu a d ívida de R$ 338 milhões com o Imposto de Renda Pessoa Jur ídica (IRPJ) e CSLL. As d ívidas eram referentes ao processo de aquisição do Sudameris, em 2003.

O Itaú acumulava R$ 25 bilhões de d ívidas com a Receita Federal do processo de aquisição do Unibanco. Em audiência no dia 10 de abril, o Carf decidiu perdoar os impostos milionários da transação.

A operação para perdoar a d ívida do Bradesco foi ainda mais escusa. O governo, através da Ativos, empresa controlada pela Banco do Brasil, uma empresa pública, para comprar a d ívida de R$ 4 bilhões em carteiras de crédito vencidas do banco privado.

Roberto von der Osten mostrou preocupação com a benevolência do governo com os banqueiros. “;Com o perdão da d ívida, o governo mostra que um setor da economia brasileira pode fazer o que quiser que não pagará pela conta “;, afirmou o dirigente, que deve anunciar uma reação dos trabalhadores às medidas.

“;Nós devemos lançar uma campanha contra o perdão de divida de grandes devedores. Estamos reunidos e nesta semana ainda teremos uma resolução sobre como reagiremos à esse perdão de d ívida “;, encerrou Osten.

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