Diretor eleito da Cassi defende manutenção de valor extra na coparticipação

O diretor eleito pelos funcionários para ocupar a Diretoria de Planos de Saúde e Relacionamento com Clientes da Caixa de Assistência dos Funcionários (Cassi), Carlos Flesch, emitiu um comunicado defendendo que as pessoas que o elegeram continuem pagando valores adicionais de coparticipação para consultas médicas, sessões de psicoterapia, acupuntura e visitas domiciliares e exames de laboratórios, diagnose e terapia.

Para Flesch, o “;cenário exige prudência da atual Diretoria, no sentido de não rever, neste momento, a coparticipação, até que a Cassi esteja saudável no longo prazo. “;

Em janeiro de 2019, os percentuais de coparticipação para os participantes do Plano de Associados da Cassi foram definidos em 40% para consultas médicas (exceto as realizadas por médicos nas CliniCassi), sessões de psicoterapia, acupuntura e visitas domiciliares e em 20% para os exames de laboratórios, diagnose e terapia (tais como fisioterapia, RPG, fonoaudiologia, terapia ocupacional).

Em novembro do mesmo ano, quando ocorreram as reuniões para a mudança do estatuto da Cassi, houve acordo na mesa de negociação, entre as entidades representativas dos funcionários do BB e a diretoria da Cassi, para que a cobrança da coparticipação retornasse aos percentuais anteriores a janeiro de 2019, caso a proposta de estatuto fosse aprovada pelo corpo social.

“;O valor das coparticipações já deveriam ter voltado aos patamares anteriores. Mas, infelizmente, na última eleição, foi eleito um diretor que não defende os interesses dos associados “;, lamentou o coordenador da Comissão de Empresa dos Funcionários do Banco do Brasil (CEBB), João Fukunaga.

O que realmente é preciso fazer – “;O excedente da coparticipação foi uma medida apenas paliativa. Flesch omite o resultado da negociação feita pelas entidades de representação dos funcionários, coordenada pela Contraf-CUT, que possibilitou alguma estabilidade financeira à Cassi. Agora é preciso promover mudanças estruturantes nos processos de gestão e de TI, bem como no modelo de saúde “;, observou a representante da Federação dos Empregados em Estabelecimentos Bancários dos Estados de São Paulo e Mato Grosso do Sul (Feeb-SP/MS) na CEBB, Elisa Figueiredo. “;Isso sim pode garantir a perenidade da Cassi “;, completou.

Para Elisa, a mudança precisa partir do aprofundamento do modelo de atenção primária na saúde. “;é, comprovadamente, a única possibilidade de sustentabilidade de qualquer sistema ou plano de saúde. A manutenção de altos n íveis de coparticipação vai justamente na contramão disto, pois inibe e restringe o cuidado com a saúde. A consequência disso é o adoecimento ou o avanço da doença, e tratar a doença é muito mais caro do que preveni-la, gerando mais déficit. A coparticipação deve ser vista como efeito moderador e não fonte de renda “;, concluiu.

Procedimentos represados – O diretor de Planos de Saúde e Relacionamento com Clientes da Cassi usa o déficit de R$ 11 milhões em outubro de 2020, supostamente gerado pelo retorno de procedimentos represados por conta da pandemia, para justificar a defesa da manutenção do percentual de coparticipação.

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