Dedini é segundo ponto de manifesto no Dia Nacional de Lutas

O CONESPI (Conselho de Entidades Sindicais de Piracicaba), entidade que reúne 28 sindicatos, esteve na manhã desta quinta-feira, 11, na empresa Dedini para manifestar o apoio dos sindicatos aos trabalhadores da metalúrgica que está passando por crise. Metalúrgicos, bancários, papeleiros, representantes da alimentação e comerciários fizeram uso da palavra e manifestaram o apoio as bandeiras defendidas pelo CONESPI e centrais sindicais neste Dia Nacional de Lutas.
Os sindicalistas defendem a redução da jornada de trabalho para 40 horas semanais, sem redução dos salários; fim do fator previdenciário; que 10% do PIB (Produto Interno Bruto) sejam aplicados na educação; 10% do orçamento da União para a saúde pública; transporte público de qualidade; valorização das aposentadorias; reforma agrária; suspensão dos leilões de petróleo; contra o PL 4330 sobre terceirização; reforma pol ítica e realização de plebiscito popular; reforma urbana; democratização dos meios de comunicação; pelos direitos humanos; contra o genoc ídio da juventude negra e dos povos ind ígenas; contra a repressão e a criminalização das lutas e dos movimentos sociais; contra a aprovação do estatuto do nascituro e pela punição dos torturadores da ditadura.
O presidente do SINDBAN (Sindicato dos Bancários de Piracicaba e Região) e diretor de Comunicação do CONESPI, José Antonio Fernandes Paiva, relatou aos trabalhadores da Dedini que na semana passada os bancários foram às ruas para manifestar a sua indignação com o tratamento dado aos funcionários do Banco Luso Brasileiro em Piracicaba. Segundo o parlamentar, o Banco Luso é uma instituição financeira que tem prest ígio e tradição em Piracicaba e que não pode tratar os funcionários do banco como qualquer um. “;Fechamos a agência no dia 4 e começamos um diálogo com os patrões. Já conseguimos avanços. Os companheiros funcionários do Banco Luso Brasileiro já estão tendo curso de requalificação profissional. Por isso, reafirmo que os companheiros da Dedini podem contar com 28 sindicatos que pertencem ao Conespi, com o nosso mandato na Câmara de Vereadores, e vamos buscar nos bens dos patrões respaldo para que os funcionários da Dedini recebam o que têm direito “;, declarou.
Paiva falou também do Dia Nacional de Lutas. “;Hoje vamos parar cinco milhões de trabalhadores em todo pa ís para destravar uma trava no Congresso Nacional que discute o projeto da “;Cura Gay “;, mas não discute a redução de jornada de 40 horas semanais, sem redução dos salários que beneficiam os trabalhadores e trabalhadoras, não discute o Projeto de Lei 4330 que pretende terceirizar a mão de obra do trabalhador, fazendo com que o trabalhador receba cada vez menos. Hoje paramos o transporte coletivo, em manifestação a tarifa mais cara do pa ís e as péssimas condições do transporte coletivo, e que paga mal os trabalhadores “;, enfatizou.
Texto: Ronaldo Castilho