A pior proposta dos últimos anos e o silêncio dos bancos fazem a greve nacional dos bancários crescer a cada dia. Nessa quinta-feira 15 o movimento grevista completa dez dias e mais uma vez agências e centros administrativos estão fechados em São Paulo, Osasco e região.
Além de não apresentar proposta, bancos descumprem a lei de greve. é o caso do Itaú, flagrado na quarta-feira 14 forçando bancários a entrar na madrugada no CA Brigadeiro ou levando-os com crachá de funcionário provisório para prédio de terceirizada. A prática desobedece liminar que pro íbe contingenciamentos no Itaú.
Os trabalhadores do Itaú receberam solidariedade de colegas de outros bancos (foto abaixo), onde também ocorrem problemas semelhantes.
Nesse décimo dia de greve, pararam os centros administrativos Vila, Casa 1 e 3 do Santander; Complexo São João, CABB e SAC, ambos na Verbo Divino, do Banco do Brasil; Superintendência Regional da Sé, da Caixa; Alphaville, Prime Paulista, Telebanco e Nova Central do Bradesco. Do Itaú, estão fechados CA Raposo, CAT, CTO, CA Brigadeiro, Orbital, IBBA, GPSA, prédios das ruas Fábia e Jundia í. O Telebanco HSBC também fechou nesta quinta-feira, além de centenas de agências no Centro Novo e Velho, Avenida Paulista, Praça Panamericana e Lapa na zona oeste e Rua Voluntários da Pátria na zona norte.
Na quarta, 722 locais de trabalho permaneceram fechados em São Paulo, Osasco e região: 698 agências e 24 centros administrativos. Mais de 56 mil bancários que se somam a outros milhares em 11.481 unidades fechadas de todo o Brasil.
“;A Fenaban não faz nova proposta há 20 dias. Após um mês de negociações com o Comando Nacional dos Bancários, no dia 25 de setembro apresentaramíndice de reajuste para a categoria com perda real de 4%. Levaram os trabalhadores a essa forte greve “;, afirma a presidenta do Sindicato, Juvandia Moreira, uma das coordenadoras do Comando. “;Estamos prontos a negociar, mas com seriedade: proposta tem de ter reajuste digno para os salários. Os bancos estão lucrando como sempre, podem pagar. “;
Manifestação – Um grande ato conjunto será realizado na sexta 16, na Avenida Paulista. A concentração será a partir das 15h, no vão livre do Masp. Bancários e petroleiros estão em campanha e a luta é, além de aumento real para salários, por manutenção dos empregos, contra a sobrecarga de trabalho que adoece, a terceirização fraudulenta.
Também participarão trabalhadores do setor de alimentação, o Movimento dos Pequenos Agricultores (MPA) e dos Sem Terra (MST), cobrando respeito aos seus direitos.