Caminhada do Conespi por emprego pára o centro da cidade

A caminhada promovida pelo Conselho das Entidades Sindicais de Piracicaba (Conespi), nesta quarta-feira, dia 30 de abril, véspera do Dia do Trabalho, comemorado nesta quinta-feira, primeiro de maio, em defesa do emprego, parou a rua Governador Pedro de Toledo, com inúmeros comerciários saindo a porta dos estabelecimentos, e aplaudindo a manifestação. A passeata aconteceu no per íodo da manhã, saindo do cruzamento da avenida Independência com a rua Governador Pedro de Toledo, até atingir a rua São José, contornando a Praça José Bonifácio, e se dirigindo à Câmara de Vereadores, onde aconteceu um ato público e a entrega de um documento, pelo Conespi, ao presidente João Manoel dos Santos, pedindo apoio às convenções da OIT 158 (que pro íbe as demissões sem justa causa) e a 151 (que reconhece as data-base dos servidores municipais), assim como pela redução da jornada de 44 para 40 horas semanais. O evento reuniu 232 dirigentes sindicais, mais dirigentes do PT, PC do B, PHS e Apeoesp, e também foi marcado pela distribuição de aproximadamente cinco mil cartas-aberta à população, lembrando a origem do Dia Mundial do Trabalho, escolhida em homenagem à greve geral, que aconteceu em 1º de maio de 1886, em Chicago (EUA), pela redução da jornada de trabalho. Durante toda passeata, coordenada pelo presidente do Sindicato dos Bancários de Piracicaba e Região, e secretário de Comunicação do Conespi, José Antonio Fernandes Paiva, sindicalistas se revezaram no microfone, defendendo o fim das demissões sem justa causa, como propõem a convenção 158 da OIT, assim como a redução da jornada de trabalho de 44 para 40 horas e o fim das horas extras. De acordo com Paiva, dados do Dieese revelam que por semana são realizadas no Brasil cerca de 52.800.000 horas extras. “;é um absurdo, porque o trabalhador perde sua qualidade de vida “;, disse. O trabalhador, como destacou o sindicalista, só quer emprego com qualidade. “;O emprego é uma forma de combater a fome e garantir qualidade de vida ao trabalhador “;, declarou. O presidente do Conespi, Francisco Pinto Filho, destacou o trabalho dos sindicatos filiados à entidade, em defesa do trabalhador, ressaltando que os 22 sindicatos filiados estavam na rua para defender trabalho com mais qualidade. “;O primeiro de maio não é só para comemoração, mas também para reflexão sobre a importância do trabalhador para a economia “;, disse, lembrando da campanha de coleta de assinaturas pelo Conespi, em defesa da redução na jornada de trabalho de 44 para 40 horas semanais, que será entregue no Congresso Nacional, através das Centrais Sindicais. Com relação as comemorações, ele e outros sindicalistas lembraram da II Super Festa do Trabalhador, que será realizada no domingo, no Clube do Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias de Alimentação, em Santa Terezinha. Já o presidente do Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias de Alimentação de Piracicaba e Região, Fânio Luis Gomes, pregou o fim do banco de horas, criado na década de 90, que ultimamente só tem penalizado o trabalhador, uma vez que o pa ís passa por um novo momento econômico. O diretor do Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias da Construção e do Mobiliário, Milton Costa, que também é presidente da Comsepre, Milton Costa, denunciou os constantes acidentes de trabalho, que só neste ano já fez duas v ítimas fatais e a garantia do trabalhador na participação dos lucros das empresas. “;Temos que combater os acidentes de trabalho “;, enfatizou. O presidente do Sindicato dos Comerciários e vice-presidente do Conespi, Roberto Previde, lamentou as inúmeras horas extras que trabalhadores do comércio são obrigados a realizarem, sendo que muitas vezes não são nem mesmo remunerados pelo trabalho, como determina a legislação trabalhista, e lamentou a aprovação de projeto de lei pela Câmara que penaliza os comerciários, os obrigando a trabalhar aos sábados, domingos e feriados. Vanderlei Zampaulo -; MTb-20.124

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