O processo de desmonte imposto pelo governo Temer na Caixa, além de reduzir o papel social do banco público e precarizar o atendimento, prejudicando a população, está transformando a instituição em uma verdadeira casa dos horrores, com empregados em clima de tensão constante e péssimas condições de trabalho.
“;As ameaças são inúmeras, o desrespeito aos direitos é gigantesco, as condições de trabalho são cada vez piores, o clima de tensão é permanente. Essa é a atual rotina dos empregados da Caixa: trabalhar em uma verdadeira casa dos horrores “;, relata o diretor do Sindicato e coordenador da CEE/Caixa, Dion ísio Reis.
Retirada de funções e fim da incorporação – Entre os ataques aos empregados está a retirada de funções por conta da verticalização. “;Isso sem a incorporação de função, já que a Caixa revogou o RH 151. No entendimento do Sindicato, mesmo com a revogação do normativo, a incorporação é direito adquirido. Não pode ser negado. Entramos na Justiça, via Contraf-CUT, para que seja reconhecida a incorporação como direito previsto no contrato de trabalho “;, diz Dion ísio.
Outro problema grave é a redução de quadro em agências e concentrações, sem reposição. “;O resultado é óbvio: empregados sobrecarregados, função social reduzida e população descontente com o banco. O governo Temer utiliza a manjada tática de precarizar para privatizar “;, avalia o dirigente.
Uberização -; Uma das questões que mais aflige os empregados da Caixa é a “uberização” das funções especializadas no banco, o que já ocorre no caso dos caixas e tesoureiros.
De acordo com o funcionário da Caixa, e diretor do SindBan, Ubiratan Campos do Amaral, essa cultura não pode ser aceita pelo movimento sindical. “;As condições de trabalho na Caixa se deterioram a cada dia. A Caixa está precarizando o seu atendimento apenas para não pagar um bancário especializado, sob alegação falsa de buscar eficiência de mercado, a Caixa tem feito o pagamento por minuto para trabalhadores assumirem funções antes exclusivas e especializadas. Isso é um novo conceito, que é a “;Uberização do trabalho “;, o trabalho sob demanda. é hora de todos estarem unidos, junto aos sindicatos, para defendermos nossos empregos e direitos, “; explica Ubiratan.
PLR x Bônus Caixa – Além de todas essas questões, os empregados da Caixa têm a PLR ameaçada por conta do programa Bônus Caixa, institu ído de forma unilateral pela direção do banco.