Bradesco e HSBC reafirmam que não haverá demissão em massa

Atendendo à reivindicação da Contraf-CUT e das comissões dos empregados dos bancos, diretores do HBSC e do Bradesco estiveram na sede da Confederação, na manhã desta sexta-feira (18), em São Paulo, para tratar da venda do banco inglês. Os representantes dos bancos voltaram a afirmar que não há verá demissão em massa e se comprometeram a manter transparência e diálogo com os funcionários sobre o processo de fusão.

O presidencia da Contraf- CUT abriu a reunião destacando que a defesa do emprego é prioridade nesta negociação e também em toda a Campanha Nacional dos Bancários deste ano. “Queremos acompanhar todo o processo de integração entre os bancos, saber o desenho organizacional que HSBC e Bradesco apresentam para os funcionários para garantir o emprego e os direitos dos trabalhadores dos dois bancos”, reforçou.

A compra da operação brasileira do HSBC pelo Bradesco por cerca de R$ 17,6 bilhões, em agosto deste ano, ainda aguarda aval de órgãos reguladores, como o Banco Central, explicou o diretor executivo do banco, André Cano. Ele também destacou que o banco não trabalha com a possiblidade de liquidar as operações do HSBC e que irão valorizar o n ível profissional dos funcionários.

“Não temos intenção de fechar qualquer agência do HSBC. é a maior aquisição que o banco já fez. O HSBC é forte em alta renda, onde o Bradesco precisa ganhar mais força. Estamos comprando a carteira de clientes e capital humano, que será integrado ao Bradesco com transparência”, afirmou.
A coordenação da COE HSBC, falou da preocupação dos funcionários sobre a manutenção dos centros administrativos, concentrados, principalmente, em Curitiba. Segundo o Bradesco, não há nenhuma deliberação em acabar com a estrutura. “As mudanças e fusões administrativas serão feitas sem traumas”, afirmou André Cano.

A coordenadora da COE do HSBC também relatou, o aumento de casos de assédio moral após o anúncio de venda do banco. “Soubemos de gestores que estão usando o processo de fusão para aumentar a pressão e o excesso de cobrança sobre os funcionários, alegando que só os ' melhores' serão contratos pelo Bradesco. A ansiedade do gestor não pode prejudicar os funcionários”, alertou.

O diretor do HSBC não negou as denúncias, mas afirmou que alguns gestores fogem da filosofia da instituição e que os casos serão apurados.

PLR HSBC
A Contraf-CUT solicitou ao HSBC uma mesa espec ífica para tratar da Participação nos Lucros e Resultados (PLR). O banco teve lucro de R$ 31,9 milhões primeiro semestre deste ano.

“é preciso valorizar os funcionários, que sempre trouxeram resultados ao banco. O HSBC vale hoje 17 bilhões de reais, o mérito é de seus trabalhadores”, lembrou a direção da Contraf-CUT.

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