A direção do Banco do Brasil pregou uma triste surpresa para seus funcionários e as entidades sindicais ao anunciar nesta segunda-feira (11) pela manhã um plano de restruturação que prevê o fechamento de fechar agencias e outras unidades, além de um Plano de Demissões Voluntários (PDV) que tem por meta dispensar 5 mil trabalhadores do banco, entre outras medidas consideradas muito ruins.
O plano prevê mudanças em 870 pontos de atendimento por meio do fechamento de agências, postos de atendimento e escritórios e a conversão de 243 agências em postos. Também estão previstas a transformação de oito postos de atendimento em agências, de 145 unidades de negócios em Lojas BB, além da relocalização e 85 unidades de negócios e a criação de 28 unidades de negócios.
O PDV prevê duas modalidades de desligamento: o Programa de Adequação de Quadros (PAQ), para o que a direção do banco considera excessos nas unidades; e o Programa de Desligamento Extraordinário (PDE), para todos os funcionários do BB que atenderem aos pré-requisitos.
O banco também quer fazer mudanças no atual modelo e remuneração dos caixas executivos, que deixariam de ter a gratificação permanente a passariam a ter uma gratificação proporcional apenas aos dias de atuação, se houver.
“;Fomos informados pelos funcionários, que receberam o comunicado do banco às 9h. Foi um desrespeito com os funcionários e com as entidades sindicais. Somos contrários a esse plano, que retira do BB o papel de banco público. Também prejudica os caixas executivos, que terão perdas. Na reunião de hoje, as informações foram poucas “;, afirmou João Fukunaga, coordenador nacional da Comissão de Empresa dos Funcionários do Banco do Brasil (CEBB).
Na reunião com a CEBB, os representantes do BB admitiram que não tinham todas as informações por ser o dia do anúncio do plano de restruturação.
“;Estudamos medidas judiciais e orientamos os bancários que procurem seus sindicatos para mais informações. O anúncio do plano provocou muita preocupação entre os funcionários. Agora, quem está em home office vai querer voltar a trabalhar presencialmente porque está preocupado para não deixar de ser notado em um momento de redução de pessoal. Tudo isso acontece em meio à pandemia “;, criticou Fukunaga.
Participaram da reunião desta segunda-feira vários representantes de federações de bancários de todo o Brasil. O plano de restruturação foi considerado um ataque à categoria e pode causar, na prática, a redução do papel do Banco do Brasil como banco público, com o fechamento de agências em diversas cidades do pa ís.
A CEBB vai realizar nova reunião na quarta-feira (13) para discutir um calendário de lutas e de mobilização dos funcionários.