O Banco do Brasil, seguindo a mesma trilha da Fenaban e da Caixa Econômica Federal, não apresentou nenhuma contraproposta na segunda rodada de negociação com o Comando, realizada na sexta-feira, 23, em São Paulo. Na pauta, continuidade dos temas Saúde, Condições de Trabalho, Previdência, Segurança, e Igualdades de Oportunidades.
Entre os pontos “;debatidos “;, ascensão profissional (com regras claras e transparência); fim da trava de dois anos para transferência; pagamento de substituições (extinção da lateralidade); contratações imediatas; fim da cobrança de metas diárias e individuais; Cassi e Previ para todos; e fim das metas individuais na GDP.
O fato de não apresentar contrapropostas, se limitar apenas em ouvir o Comando, mostra falta de seriedade do Banco do Brasil. “;As reivindicações apresentadas podem ser atendidas pelo BB. Os sindicatos, o Comando, esperam que as contrapropostas à pauta dos funcionários sejam apresentadas antes do encerramento do processo de negociação com a Fenaban. Afinal, o BB reúne todas as condições para contemplar os anseios do funcionalismo “;, avaliou o secretário-geral da Federação dos Bancários de São Paulo e Mato Grosso do Sul (Feeb SP/MS), Jeferson Boava, que participou da rodada de sexta.
TERCEIRA RODADA -; Nesta quinta-feira, 29, o Comando volta a se reunir com o Banco do Brasil. Na pauta, remuneração, as chamadas cláusulas econômicas.
RESULTADO DA PRIMEIRA RODADA -; Na primeira rodada de negociação, realizada no último dia 14, em Bras ília, os temas debatidos foram Saúde, Condições de Trabalho e Previdência. Isso porque a maioria das reivindicações tratam de assédio moral, violência organizacional e metas abusivas.
No que se refere à assistência médica e previdência complementar, o Comando reivindicou o fim da discriminação dos funcionários egressos dos bancos incorporados pelo BB, que não usufruem dos serviços da Cassi e não têm os mesmos direitos dos 100 mil participantes da Previ.
Durante o debate, o Comando demonstrou o seguinte cálculo, divulgado na Revista O Espelho nº 23, editada em março último. Enquanto um bancário contratado diretamente pelo BB custaria 175 mil pela Cassi – cálculo feito com base em salário de R$ 5 mil, 30 anos de Banco e 30 anos de expectativa de vida após aposentadoria -, um bancário oriundo da Nossa Caixa custaria R$ 87 mil pela regra do plano do Banco incorporado.
PLANO DE FUNçõES -; O Comando ressaltou que a lucratividade do BB, no primeiro semestre deste ano (R$ 10,03 bi) deixa claro o absurdo que foi a implantação unilateral do plano de funções, em janeiro último, que reduziu os salários e as gratificações de funções. Essa decisão equivocada do BB aumentou o passivo trabalhista em 14% nos últimos 12 meses, passando a R$ 3 bilhões.
MAIS CONTRATAçõES -; Diante do aumento da base de clientes em quase três milhões, em 2012, o BB optou em encolher o quadro de funcionários: menos 276. O Comando ponderou que são urgentes novas contratações e revisão da dotação nas unidades.
DESRESPEITO AO ACORDO -; Ao contrário do estabelecido no acordo coletivo, o Comando observou que os gestores têm divulgado ranking de performance, expondo os nomes de bancários. E mais: no primeiro semestre deste ano, a cláusula sobre folgas foi descumprida (38º). Ou seja, enquanto existir saldo de folgas, o funcionário não pode fazer extra.
FALTA E CONSELHEIRO -; Na rodada do dia 14 o Comando cobrou também a reclassificação das faltas na luta contra o plano de funções -; classificadas como não abonadas e não justificadas -; e posse efetiva do conselheiro representante dos funcionários no Conselho de Administração, eleito no primeiro semestre deste ano.
Fonte: Feeb-SP/MS
BB não apresenta contraproposta na segunda rodada de negociação
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