A Federação Nacional dos Bancos (Fenaban), durante negociação com o Comando Nacional dos Bancários, nesta quinta-feira (15), insistiu em manter os 7% de reajuste (2,39% abaixo da inflação) com abono de R$ 3.300. Sem apresentar nova proposta, paralisação da categoria continua.
Entre as reivindicações dos bancários estão: reposição da inflação do per íodo (9,62%) mais 5% de aumento real, valorização do piso salarial, combate às metas abusivas, ao assédio moral e sexual, fim da terceirização, mais segurança, melhores condições de trabalho. A proteção das empresas públicas e dos direitos da classe trabalhadora, assim como a defesa do emprego, também são prioridades.
“;Estamos dispostos a negociar, mas pela segunda vez, os bancos não apresentaram nenhuma novidade. Continuaremos com a nossa paralisação forte. Não podemos aceitaríndice já rejeitado pela categoria, “; ressalta a presidenta em exerc ício do Sindicato dos Bancários (SindBan), Angela Ulices Savian.
Na base territorial do SindBan, o décimo dia de paralisação se encerrou com 80% das agências sem atendimento ao público.
“;A greve se estende. Pedimos desculpas aos clientes por alguns transtornos causados, mas os grandes culpados são os bancos. Garantir condições de trabalho influencia diretamente no atendimento à população. Só a luta nos garante “;, salienta Angela.
ASSéDIO – Após denúncias, dirigentes do SindBan se dirigiram à agência do Bradesco para coibir prática de assédio moral durante a greve. “Não vamos tolerar tal prática”, afirma a presidenta. Após o encerramento da greve da categoria, o SindBan estará voltado para apuração mais detalhada da denúncia.
NACIONAL -; No dia de hoje, 12.608 agências e 49 centros administrativos tiveram as atividades paralisadas em todo o Brasil. O número representa 54% das agências do pa ís. Ainda não há nova rodada de negociação.