O Cade (Conselho Administrativo de Defesa Econômica) aprovou, neste mês de junho, a aquisição de 100% do capital do HSBC pelo Bradesco. O que gera preocupação nos funcionários, por conta do processo de compra e venda, que pode acarretar demissões. Além disso, a categoria bancária tem outra preocupação: de que clientes não sejam prejudicados.
Em 1997, o HSBC comprou o Bamerindus, que tinha intervenção do Banco Central, o que acabou colaborando com o banco inglês, fazendo com que o HSBC ficasse com a instituição brasileira.
HISTóRIA – Na época, o governo FHC doou a empresa. O Bamerindus foi entregue aos ingleses, que deram R$ 381,6 milhões ao BC, em troca de 1241 agências, ativos de mais de R$ 10 bilhões de reais e uma das seguradoras mais rentáveis do pa ís, pagando em sete anos. Outro fator: o HSBC recebeu R$ 431,8 milhões de reais do BC para reestruturar o Bamerindus e saldar reclamações trabalhistas. Após esta “;negociação “;, o HSBC é comprado pelo Bradesco por mais de R$ 17 milhões.
NãO A PRECARIZAçãO – A compra do HSBC não pode precarizar o atendimento ao cliente. O Bradesco costuma “;empurrar “; clientes e usuários cada vez mais para os caixas eletrônicos e serviços de correspondentes bancários. Isto ocorre principalmente com aqueles que não são considerados especiais, ou seja, cujas contas não movimentam grandes quantidades de dinheiro.
Os bancos não podem lucrar e ir contra os direitos da população. Portanto, esta é uma luta de todos: bancários, clientes e usuários.