Bancários rejeitam por unanimidade proposta de bancos e decidem pela greve

Reajuste oferecido por bancos é rejeitado por 399 bancários. Greve tem in ício no próximo dia 6.

Resultado histórico durante a Assembleia Geral Extraordinária realizada na noite de hoje (1º), na sede do Sindicato dos Bancários (SindBan). A proposta apresentada pela Federação Nacional dos Bancos (Fenaban), de reajuste de 5,5% mais R$ 2,5 mil de abono não incorporado ao salário, foi rejeitada por unanimidade pelos 105 bancários presentes das cidades de Piracicaba, São Pedro, Cerquilho, Rio das Pedras, Saltinho, Tietê, Charqueada, Capivari e Santa Bárbara D’Oeste, que decidiram pela paralisação por tempo indeterminado a partir do próximo dia 6, terça-feira.

Reajuste apresentado pelos bancos sequer repõe a inflação de 9,88% (INPC), e representaria perdas de 4% aos bancários.

O presidente do SindBan, José Antonio Fernandes Paiva, conta que nestes 56 anos de luta do sindicato, não há recordação de que se tenha decretado a greve sem ter nenhuma abstenção. “;Hoje a proposta e o comportamento da Fenaban tiveram resposta inédita, o que demonstra a insatisfação da categoria com essa proposta. “;

Segundo Paiva, a categoria devolveu ao sindicato à disposição de luta. “;Cabe agora ao sindicato dar vazão a essa disposição, organizar a intervenção, levar informação para os clientes e para os bancários ausentes da decisão firme tomada em assembleia, em resposta à atitude irresponsável e desrespeitosa dos bancos. “;

Assembleias regionais -; Além dos 105 profissionais da categoria, que aprovaram a greve geral, na assembleia desta quinta-feira, 294 bancários participaram das assembleias regionais, promovidas pelo SindBan, nas cidades de Piracicaba (dias 15, 29 e 30), Capivari (24), São Pedro (25), Santa Bárbara D`Oeste (28) e Tietê (1º), reiterando a insatisfação com a proposta da classe patronal.

Principais reivindicações da categoria -; As principais reivindicações são reajuste salarial de 16% (reposição da inflação mais 5,7 de aumento real), PLR, 14º salário, garantia de emprego e ampliação das contratações, fim das metas abusivas e do assédio moral, medidas de segurança como dois vigilantes durante o expediente, instalação de biombos nos caixas e fim da revistaíntima e combate à terceirização.

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