Bancários reconquistam discussão sobre segurança bancária e avançam no combate ao assédio moral

A Fenaban (Federação Nacional dos Bancos) cedeu às pressões dos bancários e aceitou retomar as discussões sobre segurança bancária reabilitando a mesa temática que discute o tema. De acordo com a presidente do Sindicato dos Bancários de Piracicaba, ângela Isabel Ulices Savian, essa conquista veio durante a negociação desta terça-feira, 9 de setembro, logo após novos avanços na construção de uma pol ítica permanente de prevenção e combate ao assédio moral e à violência organizacional nas instituições financeiras. “;Nesta quarta rodada de negociação da campanha salarial dos bancários também foram iniciadas as discussões da mesa temática de saúde que ficaram focadas no programa de reabilitação dos adoecidos “;, conta a sindicalista. Segundo ela, ainda há muito o quê discutir e para garantir que as reivindicações dos bancários sejam atendidas, especialmente as cláusulas econômicas, que entram na pauta na próxima semana, é necessário que os bancários aumentem a mobilização e estejam em sintonia com as negociações “;. Os bancários, que somam cerca de 450mil no Pa ís e aproximadamente 1800 na base do sindicato local, reivindicam reajuste salarial de 13,23%, incluindo a inflação e 5% de aumento real nos salários, assim como vale-alimentação -; R$ 415,00 (mesmo valor do salário m ínimo); vale-refeição de R$ 17,00 por dia trabalhador, e Participação nos Lucros e Resultados (PLR) -; três salários mais valor fixo de R$ 3.500,00 sem teto, nem limitador. Também pedem aux ílio-creche de R$ 415 (mesmo valor do salário m ínimo). Assédio moral—Segundo ângela Savian, as propostas de redação do Comando Nacional e da Fenaban que traçam uma pol ítica permanente de combate ao assédio moral e à violência organizacional nos bancos convergem para a inclusão de cláusula na Convenção Coletiva. Ainda que restam divergências, como manter ou não o sigilo dos nomes dos empregados denunciantes e denunciados após a apuração dos fatos, as demais pendências foram resolvidas, o que sinaliza estar próxima a finalização de um termo consensual. Ficou garantido que os sindicatos serão um canal de recepção de denúncias e que também serão notificados pelos bancos sobre o resultado da apuração dos fatos que tem prazo de 60 dias para serem apurados. A cada seis meses o programa será avaliado em conjunto por representantes dos bancários e dos bancos, com a finalidade de coibir a prática os relacionamentos interpessoais e comportamentais serão considerados critérios para promoções. Para a presidente do Sindicato dos Bancários de Piracicaba e Região, “;incluir uma cláusula na Convenção Coletiva que seja uma pol ítica de prevenção e combate a essa prática é fundamental para os bancários nesta campanha salarial “;. Programa de reabilitação dos adoecidos abre as discussões sobre saúde No per íodo da tarde, as negociações foram retomadas a partir das reivindicações sobre Saúde e Condições de Trabalho, especificamente acerca do programa de reabilitação dos adoecidos. Tanto o Comando Nacional dos Bancários como a Fenaban apresentaram suas propostas de reabilitação, onde figura como principal divergência o público-alvo do programa. Enquanto para os bancários o programa deve atingir somente os adoecidos que estão na ativa ou em alta do INSS, os bancos querem aplicar o programa também aos adoecidos afastados do trabalho. Na próxima rodada, dia 16, a discussão do tema será retomada na mesa única. Mesa temática de segurança bancária será retomada Os bancos não resistiram às pressões da categoria e concordaram em retomar a comissão temática que discutirá sobre segurança nos bancos. A Comissão consta na Convenção Coletiva desde 1991, porém, até o ano passado, a idéia de discutir o problema com os bancários não tinha a adesão dos bancos. Mesmo assim, o Comando apresentou questões que devem ser resolvidas no âmbito da mesa única e abrangem soluções mais imediatas para a pol ítica de segurança nos bancos, enquanto considera que somente as questões técnicas devem ser tratadas na comissão. Entre estas questões, os bancos já acenaram concordar em discutir preliminarmente alguns pontos, como designar funcionário para acompanhar o bancário v ítima de assalto ou sequestro na confecção de boletim de ocorrência em delegacia ou demais trâmites subseqüentes e elaborar proposta para emissão de CAT (Comunicado de Acidente do Trabalho) nos casos de assaltos. Já a respeito do transporte de numerário, os bancos só concordam em discutir o assunto na comissão temática. Mais negociação – O calendário de negociação estabelece que no dia 16 serão conclu ídas todas as cláusulas não econômicas. Já no dia 17 começam as discussões das cláusulas econômicas, quando, de acordo com ângela Savian, os bancários devem intensificar as mobilizações pelo aumento real de salários, por uma melhor PLR e atendimento de todas as reivindicações que abrangem a remuneração total dos bancários. Vanderlei Zampaulo -; MTb-20.124

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