Bancários fecham 6.145 agências em todo o país no primeiro dia da greve

Os bancários fecharam pelo menos 6.145 agências e centros administrativos de bancos públicos e privados em 26 estados e no Distrito Federal nesta quinta-feira, 19, primeiro dia da greve nacional da categoria por tempo indeterminado. São 1.013 unidades paralisadas a mais que no primeiro dia da greve do ano passado (5.132), um crescimento de 19,73%. Os bancários reivindicam 11,93% de reajuste, valorização do piso salarial, PLR maior, mais empregos e fim da rotatividade e das terceirizações, melhores condições de saúde e trabalho, mais segurança nas agências e igualdade de oportunidades.
O balanço foi feito pela Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT) com base nos dados enviados até as 18h30 pelos 143 sindicatos que integram o Comando Nacional dos Bancários, que representa cerca de 95% dos 490 mil bancários do pa ís.
A forte paralisação, inclusive nos bancos privados, mostra a indignação da categoria com a recusa dos banqueiros em atender nossas reivindicações, propondo apenas 6,1% de reajuste, enquanto seus altos executivos chegam a receber até R$ 10 milhões por ano.
Os bancários aprovaram greve por tempo indeterminado nas assembleias realizadas em todo o pa ís no dia 12 de setembro, depois de quatro rodadas duplas de negociação com a Fenaban. Os bancos apresentaram a única proposta no dia 5 de setembro.
REIVINDICAçõES DOS BANCáRIOS -; Reajuste salarial de 11,93% (5% de aumento real além da inflação); PLR: três salários mais R$ 5.553,15; Piso: R$ 2.860,21 (salário m ínimo do Dieese); Aux ílios alimentação, refeição, 13ª cesta e aux ílio-creche/babá: R$ 678 ao mês para cada (salário m ínimo nacional); Melhores condições de trabalho, com o fim das metas abusivas e do assédio moral que adoece os bancários; Emprego: fim das demissões, mais contratações, aumento da inclusão bancária, combate às terceirizações, especialmente ao PL 4330 que precariza as condições de trabalho, além da aplicação da Convenção 158 da OIT, que pro íbe as dispensas imotivadas; Plano de Cargos, Carreiras e Salários (PCCS) para todos os bancários; Aux ílio-educação: pagamento para graduação e pós-graduação; Prevenção contra assaltos e sequestros, com o fim da guarda das chaves de cofres e agências por bancários; Igualdade de oportunidades para bancários e bancárias, com a contratação de pelo menos 20% de negros e negras.
Fonte: Contraf-CUT

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