Na quarta-feira (3), foi realizado em todo o pa ís o Dia Nacional de Lutas dos empregados da Caixa. O Sindicato dos Bancários (SindBan) retardou em 1h a abertura da agência, em frente à praça José Bonifácio, em Piracicaba, para protestar contra a retirada de direitos e a manutenção do caráter público e social, além de reivindicar a retomada das contratações. A atividade sindical contou com o apoio do mandato do vereador José Antonio Fernandes Paiva (PT), e do partido da Causa Operária (PCO), representado pela professora Marina Madeira.
Para dialogar com a população, foi entregue carta aberta para explicar o que tem ocorrido com a categoria -; sobrecarga de trabalho, assédio moral, cobrança por metas abusivas, extinção da função Caixa, fechamento de agência e ameaça de desemprego.
“;O sistema financeiro é o que mais cresce nesse pa ís. De janeiro a maio deste ano, os maiores bancos brasileiros fecharam mais de cinco mil postos de trabalho. Neste mesmo per íodo, a Caixa extinguiu 1326 postos e não repõe os funcionários “;, ressalta o diretor do sindicato, Ubiratan Campos do Amaral.
Outro ponto da mobilização é a retirada de direitos, como exemplifica o dirigente. “;O banco informou que deixaria de pagar o adicional de insalubridade dos avaliadores de penhor, que trabalham com produtos qu ímicos; tomou a decisão de criar a figura do caixa minuto, isto é, deslocar outro empregado para a atividade ao invés de nomear novos caixas. “;
Ubiratan explica que o ato também cobra respeito da direção do banco, em relação às mudanças na pol ítica de incorporação da função de confiança. “;Quando havia a perda do cargo por iniciativa da empresa, o funcionário tinha o direito de incorporar o salário. A retirada desse direito implica, subjetivamente, na submissão do empregado, porque o banco pode usar isso para pressioná-lo a cumprir metas abusivas ou coibir participação em movimento por direitos. Por isso a importância do envolvimento de todos, para que não tenhamos retrocesso. “;
CAIXA -; Os bancários se mobilizaram ainda contra a possibilidade de privatização da Caixa. “;Queremos manter a Caixa como uma instituição 100% pública. A pol ítica do governo interino é a de privatizar tudo o que é público. Em suas primeiras declarações, o atual gestor da Caixa, Gilberto Occhi, falou sobre a privatização de alguns setores do banco, como Loteria, Cartão de Crédito e Seguros. Sabemos que isso seria o in ício da perda do cunho público e social do banco, “; diz a presidenta em exerc ício do SindBan, Angela Ulices Savian.
NACIONAL -; Na próxima terça-feira, 9, a categoria entrega aos representantes da Fenaban (Federação Nacional dos Bancos) a pauta de reivindicações, aprovada na 18ª Confererência Nacional dos Bancários, em 31 de julho. Entre os principais eixos estão reajuste de 14,78%, defesa do emprego, combate às metas abusivas e ao assédio moral, fim da terceirização, defesa das empresas públicas e manutenção de direitos.