Em negociação ocorrida com entidades sindicais na última sexta-feira, 8, em São Paulo, os bancários cobraram uma reunião com o presidente do Santander Brasil, Jesús Zabalza, para discutir o fim das demissões, da rotatividade e das terceirizações, bem como a manutenção dos empregos e mais contratações. Os representantes do banco prometeram trazer uma resposta na reunião do Comitê de Relações Trabalhistas (CRT), marcada para o próximo dia 19.
Os números do balanço do Santander do terceiro trimestre deste ano e de anos anteriores revelam que não há justificativas para dispensar trabalhadores porque a situação da empresa no Brasil é bem distinta de outras partes do mundo.
A filial brasileira é responsável por 24% do lucro mundial do grupo, apurando 1,277 bilhão de euros apenas nos primeiros nove meses de 2013 e o lucro por bancário brasileiro é 1,95 maior que o apresentado pelo empregado espanhol.
Essas e outras argumentações foram enfatizadas pelos dirigentes sindicais durante a negociação que tratou exclusivamente de emprego e reivindicaram que o banco cesse as demissões e por isso cobraram uma reunião com Zabalza.
DESIGUALDADE DE TRATAMENTO -; Se de um lado a empresa elimina postos de trabalho – comprometendo a sobrevivência de milhares de trabalhadores -, de outro é extremamente generosa com seus altos executivos e com os acionistas. Segundo dados da própria empresa, entre 2010 e 2013, cada um dos integrantes de um seleto grupo do alto escalão teve reajuste de 67% em sua remuneração anual, passando de R$ 4,7 milhões para R$ 7,9 milhões.
Já aos acionistas, para os quais eram distribu ídos 1,4 milhão de euros em 2003, receberam 6 milhões de euros em 2012.
Fonte: Contraf-CUT com Seeb São Paulo
Bancários cobram reunião com presidente do Santander sobre demissões
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