Assembleias deflagram greve nacional dos bancários por tempo indeterminado

Os bancários deflagraram greve nacional por tempo indeterminado, a partir da zero hora desta terça-feira (27), com o objetivo de pressionar a Federação Nacional dos Bancos (Fenaban) a retomar as negociações e apresentar uma proposta que atenda às reivindicações da categoria. A paralisação atingirá bancos públicos e privados.
A decisão foi tomada em assembleias realizadas na noite desta segunda-feira, 26, pelos Sindicatos dos Bancários de Piracicaba, Rio de Janeiro, Bras ília, Curitiba, Porto Alegre, Campo Grande, Mato Grosso, Para íba, Piau í, Alagoas, Esp írito Santos, Campinas, São Paulo, Juiz de Fora, Dourados, Vitória da Conquista e Teresópolis, entre outros, conforme levantamento feito até as 21h45 pela Contraf-CUT, que coordena o Comando Nacional dos Bancários.
Conforme orientação do Comando Nacional, a categoria recusou a proposta de 8% de reajuste, feita pela Fenaban, durante a quinta rodada de negociações, na sexta-feira, dia 23, em São Paulo. “Isso significa apenas 0,56% de aumento real, continuando distante da reivindicação de 12,8% de reajuste (5% de ganho real mais a inflação do per íodo)”, declara o presidente do Sindicato dos Bancários de Piracicaba e região, José Antonio Fernandes Paiva.
Além disso, a proposta dos bancos não contém valorização do piso salarial, não amplia a participação nos lucros, e muito menos traz avanços em relação às reivindicações de emprego e melhoria das condições de trabalho. Os bancários reivindicam fim da rotatividade, mais contratações, fim das metas abusivas, combate ao assédio moral, mais segurança, igualdade de oportunidades e inclusão bancária sem precarização, dentre outras itens.
“;Esperamos que os banqueiros apresentem uma proposta decente. Com lucros acima de R$ 27,4 bilhões obtidos somente no primeiro semestre deste ano, os bancos possuem totais condições de atender as reivindicações da categoria “;, avalia o presidente Paiva.
“Contamos com o apoio e a compreensão dos clientes e usuários, que sofrem com as altas taxas de juros, as tarifas exorbitantes, as filas intermináveis pela falta de funcionários, a insegurança e a precarização do atendimento bancário”, conclui Paiva.

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