O Santander frustrou mais uma vez a expectativa dos trabalhadores sobre avanços no acordo aditivo à Convenção Coletiva de Trabalho (CCT). Em negociação na quinta-feira, 6, os representantes do banco espanhol repetiram a postura das rodadas anteriores e não apresentaram nenhuma proposta de cláusula nova ao documento. Também disseram não a todas as reivindicações dos trabalhadores para melhorar as condições de trabalho na instituição financeira. Foi a quinta mesa sobre o tema, a próxima já está marcada para 13 de novembro.
REIVINDICAçõES -; A pauta de reivindicações foi constru ída após consulta popular respondida por mais de 10 mil bancários do Santander em todo o pa ís. O resultado mostrou que as maiores reclamação dos trabalhadores estão relacionadas às condições de trabalho no banco espanhol. Portanto, os bancários exigem fim das demissões, contratações já, fim das reuniões diárias; fim das conference calls, acabar com as alterações da meta e da métrica durante o per íodo contratado, fim das metas para a área operacional.
Exigem ainda a regularização da ausência abonada -; que não pode ser confundida com folga na data de aniversário -; e que o banco mantenha a cláusula que cria o Grupo de Trabalho para discutir a democratização do processo eleitoral do Santander Previ e que a discussão seja de fato retomada. Além disso, que o banco transforme em cláusula algo que já pratica: garantindo que o trabalhador dispensado mantenha o plano de saúde tanto pelos dois anos que determina a lei quanto pelo prazo estabelecido na CCT.
Outra exigência não atendida é que a empresa repasse mais informações ao movimento sindical, no sentido de uma governança coorporativa.
BOLSAS DE ESTUDO -; Os trabalhadores reivindicam a ampliação das bolsas de estudo para pós-graduação. O Santander apresentou uma contraproposta de destinar parte das 2.500 bolsas de estudo de graduação para a pós, mas não informou quantas seriam. Também concordou em reajustar, a partir de janeiro, o valor das bolsas em 8,5%, mesmo reajuste dos salários dos bancários, conquistado na Campanha 2014.
DIA NACIONAL DE LUTA -; Antes da reunião do dia 13, o movimento sindical organizará um dia de luta com protestos em todo o pa ís, para pressionar o banco a apresentar propostas de avanço na próxima rodada.
Fonte: SP Bancários
Aditivo: Santander novamente decepciona trabalhadores
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